Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC)
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A história da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) cruza-se com a da sociedade, em particular com alterações introduzidas pela Revolução Industrial.
No final do século XIX, constatou-se um aumento do absentismo nas empresas, provocado por um conjunto de doenças, entre as quais o cancro. O mundo ocidental encetou a criação de estruturas de luta contra esta doença que, para além da elevada taxa de mortalidade, passou a representar um estigma para os doentes, ao ponto de se afirmar como um flagelo social.
É neste contexto de forte expansão das doenças oncológicas e, simultaneamente, de progressos ao nível dos cuidados médicos prestados aos doentes que, em 1931, um conjunto de mulheres, entre elas Mécia Mouzinho de Albuquerque e a Condessa de Murça, criaram a Comissão Iniciativa Particular de Luta Contra o Cancro. Durante dez anos este grupo desenvolveu um trabalho notável e bastante inovador para a época, aliando à ideia da prevenção do cancro, a da promoção da saúde. Além disso, organizaram peditórios e cativaram muitas pessoas influentes que se foram aliando a esta causa.
Por proposta do Prof. Doutor Francisco Gentil, a 4 de Abril de 1941 é fundada legalmente a Liga Portuguesa Contra o Cancro, assente em dois princípios fundamentais: a Humanização e a Solidariedade.
Tendo em consideração a necessidade de intervir a nível nacional no estudo científico do cancro, na difusão dos meios técnicos de combate à doença e no auxílio aos trabalhos de investigação desenvolvidos nos laboratórios do Instituto Português de Oncologia, tornou-se necessária a regulamentação e a criação de Núcleos Regionais, previstos nos seus Estatutos, o que veio a ser concretizado em 1965.
Se, no seu início, a Liga procurou suprir as carências do Estado em matéria de financiamento do tratamento do cancro, angariando fundos para custear tudo o que à doença dizia respeito (do equipamento hospitalar à roupa de cama do hospital, hoje este apoio é mais amplo. A Liga passou a mobilizar os seus recursos financeiros para iniciativas mais orientadas para a prevenção do cancro e apoio à investigação, nunca descurando o apoio ao doente.
Ao longo destes anos, diversos organismos do Estado e da Sociedade Civil têm reconhecido o fundamental papel social da LPCC.
- Em 1966 foi conferido pelo Presidente da República o título de Membro Honorário da Ordem de Benemerência;
- Em 1985 foi declarada como Instituição de Utilidade Pública, por despacho do Primeiro-Ministro publicado no Diário da República n.º 99, II Série, de 30 de Abril;
- Em 2006 foi conferido o título de Membro Honorário da Ordem Militar de Cristo, pelo Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, o Presidente da República Portuguesa.
Atualmente, a LPCC assume-se como a entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia.
Os voluntários e os profissionais que desenvolvem a sua atividade na LPCC regem-se pelos princípios da Humanização e Solidariedade e pelos seguintes valores: Sensibilidade; Equidade; Ética; Respeito; Compromisso; Responsabilidade; Transparência.
Linha Cancro: 808 255 255
Seg. a Sex. das 9h às 20h (dias úteis)
É uma linha de apoio à pessoa com cancro da Liga Portuguesa contra o Cancro. O objectivo da Linha Cancro é informar e apoiar a pessoa com cancro e a sua família ou amigos, em aspectos que digam respeito à doença, associações de doentes existentes, direitos dos doentes e instituições ou centros de tratamento.
Tem como objectivo a criação de um serviço de referência no apoio à Pessoa com cancro e seus familiares.