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Exercício Físico e Cancro: os benefícios durante e após a doença
A atividade física é importante para a resistência aos tratamentos, o bem-estar emocional e sobrevida dos doentes oncológicos.
É consensual que a prática de exercício físico regular é benéfica, exercendo um papel importante na prevenção do cancro. No entanto, o exercício físico poderá também desempenhar um papel fundamental na pré-habilitação para a realização dos tratamentos, na reabilitação física e emocional do doente ao longo da jornada da doença e na retoma da vida ativa.
A investigação estabelece um papel clinicamente relevante do exercício físico em toda a trajetória do cancro. Vários tipos de exercício (como por exemplo: aeróbio e de resistência) mostraram ser eficazes na melhoria da saúde física e psicológica, contribuindo para a diminuição dos efeitos secundários provocados pelos tratamentos. As evidências mais otimistas sugerem que os sobreviventes de cancro que se exercitam com frequência diminuem a probabilidade de recorrência da doença, tem menor probabilidade de morrer de cancro e maior sobrevida do que os restantes (Holick et al., 2008; Irwin et al., 2008 & Meyerhardt et al., 2006).
De modo geral, esta população é menos ativa do que os indivíduos que nunca atravessaram um processo de doença oncológica, sendo importante salientar que a prática de exercício diminui substancialmente após o diagnóstico, e esta tendência também é comum em pessoas que tinham este hábito instituído na sua rotina (Irwin et al., 2003).
Então colocam-se as questões:
-Quais serão as barreiras que se colocam perante os doentes oncológicos?
- O que explica esta diminuição da prática de exercício físico nos doentes oncológicos?
Talvez a crença que na sequência de uma doença o mais apropriado será descansar, ou pelos efeitos secundários dos tratamentos ou sofrimento emocional subjacente às implicações da doença, ou a falta de informação sobre este tema ou, ainda, os escassos recursos de técnicos de exercício físico especializados que supervisionem esta prática.
Antes de destacar os benefícios emocionais associados, relembramos que as recomendações para os sobreviventes dos diferentes tipos de cancro indicam a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de intensidade vigorosa (American Cancer Association).
No que respeita aos benefícios do exercício físico ao nível psicológico, destaca-se o papel preventivo no desenvolvimento de morbilidade psiquiátrica, constatando-se uma diminuição dos sintomas depressivos e ansiosos, assim como ao nível psicossocial, incluindo: a capacidade de completar as atividades diárias, socializar, aumento da satisfação com a imagem corporal e consequente melhoria da autoestima, aumento da energia, restabelecer a rotina, facilitar o regresso ao trabalho, e sobretudo a perceção de normalidade.
Para além disso, a prática de exercício físico pode ser encarada como uma oportunidade para alcançar o controlo sobre a sua saúde, sentindo-se como um elemento ativo no combate à doença ou na prevenção da sua recorrência.
Quando a atividade física é realizada juntamente com outros sobreviventes - pessoas que tiveram cancro, através de programas estruturados para o efeito, esta experiência pode ser ainda mais enriquecedora, pelos fatores terapêuticos do grupo, visto que os pacientes não se sentem sozinhos nesta situação, tendo maior empatia pelos seus pares que se encontram a atravessar uma situação semelhante à sua, são fatores facilitadores da instalação de esperança e partilha.
Considerando os diversos benefícios mencionados, cabe aos profissionais de saúde, incluindo a área da psico-oncologia, desempenhar o papel de ajudar a motivar os doentes oncológicos a manter um estilo de vida ativo, sendo o primeiro passo informar e orientar os sobreviventes sobre este tema.
A investigação estabelece um papel clinicamente relevante do exercício físico em toda a trajetória do cancro. Vários tipos de exercício (como por exemplo: aeróbio e de resistência) mostraram ser eficazes na melhoria da saúde física e psicológica, contribuindo para a diminuição dos efeitos secundários provocados pelos tratamentos. As evidências mais otimistas sugerem que os sobreviventes de cancro que se exercitam com frequência diminuem a probabilidade de recorrência da doença, tem menor probabilidade de morrer de cancro e maior sobrevida do que os restantes (Holick et al., 2008; Irwin et al., 2008 & Meyerhardt et al., 2006).
De modo geral, esta população é menos ativa do que os indivíduos que nunca atravessaram um processo de doença oncológica, sendo importante salientar que a prática de exercício diminui substancialmente após o diagnóstico, e esta tendência também é comum em pessoas que tinham este hábito instituído na sua rotina (Irwin et al., 2003).
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Talvez a crença que na sequência de uma doença o mais apropriado será descansar, ou pelos efeitos secundários dos tratamentos ou sofrimento emocional subjacente às implicações da doença, ou a falta de informação sobre este tema ou, ainda, os escassos recursos de técnicos de exercício físico especializados que supervisionem esta prática.
Antes de destacar os benefícios emocionais associados, relembramos que as recomendações para os sobreviventes dos diferentes tipos de cancro indicam a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de intensidade vigorosa (American Cancer Association).
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