Verão com Prevenção - A Bula do Sol

Cuide da sua pele. Aprenda a usar o Sol!​​

  

A Bula do Sol

Inspirada no conceito de uma bula médica, que encontramos em qualquer medicamento, a Liga Portuguesa Contra o Cancro convida os portugueses a tratarem o sol com os cuidados que este exige e lança a Bula do Sol. Um guia prático, gratuito e acessível, que o convida a olhar para o sol com o mesmo cuidado com que olha para qualquer medicamento: aproveite os benefícios, mas respeite as doses seguras.

O que é a Bula do Sol?

O sol é fonte de vida e de energia e tem efeitos benéficos sobre a saúde. Mas, se pequenas quantidades de radiação ultravioleta são benéficas e essenciais na produção da vitamina D3, a exposição excessiva à radiação solar poderá ter efeitos graves sobre a saúde. Os danos cumulativos causados pela radiação UV podem levar ao envelhecimento precoce da pele, bem como ao cancro de pele.

A Bula do Sol reúne informações essenciais sobre a exposição solar segura, incluindo:
  • Indicações e benefícios do sol para a saúde;
  • Contraindicações e situações de risco;
  • Efeitos secundários e sinais de alarme a que deve estar atento.
Disponível gratuitamente online, é um manual simples e direto que o vai ajudar a adotar comportamentos seguros e responsáveis ao sol, reduzindo o risco de cancro da pele.
 

A ocorrência de cancro da pele tem aumentado de forma drástica ao longo das últimas décadas

Em Portugal, são registados anualmente cerca de 1.500 novos casos de melanoma maligno, o tipo mais grave de cancro da pele, e o número tem tendência a aumentar. A prevenção e a deteção precoce são essenciais para reduzir a incidência e a mortalidade associadas a esta patologia.
 
O risco de melanoma aumenta se:
  • Houver antecedentes de melanoma pessoal ou familiar;
  • Houver antecedentes de queimaduras solares graves na infância;
  • Possui fototipo claro (pele que queima facilmente ao sol, olhos e cabelos claros);
  • Tem vários sinais (mais de 100) de forma, tamanho e cor muito variados;
  • Realiza exposições intensas e de curta duração aos raios UVA.


Prevenção do cancro da pele​​

Embora as pessoas com pele e olhos claros e cabelos louros ou ruivos tenham maior risco de desenvolver cancro de pele, o risco é real para todas as pessoas. É bom recordar que estamos sempre expostos à radiação UV (na praia, no campo, durante a prática de desporto ou trabalho ao ar livre). E mesmo à sombra, a radiação reflete-se na água, areia e neve.

Adotar as 5 regras de ouro é essencial: comportamentos simples como o uso de protetor solar, vestuário adequado, óculos escuros e chapéu de abas largas, procurar de sombra nas horas de maior calor e evitar a exposição entre as 11h00 e as 17h00, podem fazer toda a diferença.


​Convém, ainda, ter em atenção outras recomendações: 

  • Horas “seguras” são aquelas em que a nossa sombra é maior do que nós próprios (“regra da sombra”);

  • É totalmente desaconselhada a exposição solar de bebés com menos de 6 meses e evitar a exposição direta de crianças com menos de 2 anos de idade;

  • Use chapéu de abas largas, óculos escuros, e utilize a roupa como “protetor”. Assim, devem privilegiar-se tecidos densos, de malha apertada e contínua, porém leves e de cores escuras. A t-shirt (manga curta) e os calções são roupas utilizadas no tempo quente, mas não protegem os braços, nem as pernas;

  • Aplique protetor solar de longo espetro (filtram os UVA e os UVB), com fator de proteção de, pelo menos, 30 (privilegiar as fórmulas em creme em detrimento dos sprays). O protetor deve ser reaplicado a cada duas horas, ou após o banho. É importante notar que a proteção que estes produtos oferecem é limitada e por isso, estes, devem ser pensados como medida de proteção extra e não como medida de proteção principal;

  • Informe-se sobre a radiação UV através de fontes oficiais. Lembre-se que os danos na pele ocorrem quando o índice de radiação UV é moderado (nível 3) ou superior. Um dia de temperatura amena pode esconder um IUV elevado.

  • Não frequente solários: aumentam o risco de cancro, causam envelhecimento prematuro da pele e prejudicam os olhos. A ideia de que o bronzeado obtido no solário é uma base protetora para um bronzeado ao sol é mito!

Autoexame da pele

A deteção precoce das lesões cutâneas pode ser efetuada através do autoexame da pele e da consulta de um médico dermatologista. O autoexame deve ser feito de 2 em 2 meses.
É melhor começar por saber onde se localizam os seus sinais e qual o seu aspeto e a sua textura. Poderá, por exemplo, fotografar os seus sinais para “memória futura”, isto é, para ir verificando se há alterações, ao longo do tempo.
Também, deve estar atento/a a qualquer alteração nos seus sinais, em especial:
  • Sinal novo, com aparência suspeita;
  • Sinal com alterações (tamanho, forma, cor ou textura);
  • Lesão que não cicatriza.
Consulte o método ABCDE na bula do sol.
Para realizar o autoexame de modo correto, deve lembrar-se de examinar todo o corpo, dos pés à cabeça, não se esquecendo de verificar todas as zonas da pele, incluindo as costas, couro cabeludo, entre as nádegas e a zona genital. Em termos gerais, deve ter cuidado com manchas da sua pele que:

  • Sofrem alterações de cor, tamanho ou forma;
  • Têm um aspeto diferente do resto da pele;
  • São assimétricas ou apresentam bordos irregulares;
  • São maiores do que 6mm;
  • São ásperas ou escamosas;
  • Apresentam várias cores;
  • Provocam comichão;
  • Sangram ou libertam líquidos;
  • São parecidas com feridas, mas não cicatrizam.
Não deve assumir que uma mancha suspeita é benigna apenas porque é indolor. Nem todas as lesões cancerosas causam dor.


Evite o Cancro da Pele. Descarregue e consulte a Bula do Sol
  
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