Voltar

Ana Cristina Marques

32 anos Mama, 2011, Doente
Tinha 30 anos, uma vida inteira pela frente e a certeza de que iria ver a minha filha, que na altura tinha 2 anos, a crescer. Um dia, no duche, senti um nódulo na mama. Corri para o médico que me tranquilizou. Cismada, como faz parte da minha natureza, não descansei e apesar da biópsia à punção, da mamografia e da ecografia, não apontarem para nada cancerígeno. Decidi retirar o nódulo a título particular. Felizmente que o fiz porque afinal o que apalpei no duche era um carcinoma.O meu mundo parou...morri durante alguns dias...Depois, aprendi a falar de cancro, a ouvir falar de cancro e a lidar com cancro e percebi que o cancro é apenas uma palavra e não, necessariamente, uma sentença. Então decidi que comigo seria assim...uma batalha a travar com a finalidade de me ensinar alguma coisa que mais tarde desvendaria.Seguiu-se uma série de exames, uma nova cirurgia para remover a zona em torno do nódulo e os gânglios axilares, tudo para comprovar que nada de maligno resistia.Fiz quimioterapia e radioterapia, como tratamentos adjuvantes e preventivos. Nunca deixei de trabalhar e de viver.Fiquei careca, triste, assustada, revoltada, mas sobrevivi...Sobrevivi a essa fase e, se Deus quiser, pelo menos desta vez também sobrevivi à doença.Passados 2 anos, muita coisa mudou. Refiz alguns planos de vida, vou ao hospital para consultas e exames mas, principalmente, descobri o porquê desta prova...Agora reconheço a efemeridade da vida e o quão importante é não adiarmos o que nos faz feliz. Entendi que os sentimentos são para se transmitirem e as palavras de amor, em especial, para serem ditas. Constatei que tenho uma família maravilhosa e poucos mas bons amigos. Vivo de forma diferente, mais intensa que nunca e sei o que verdadeiramente é importante para mim! Escrevo para transmitir fé, mostrar que somos muitos e que existem finais felizes para esta doença.E mais...Peço todos os dias à Vida que me deixe Viver e, depois do pesadelo, voltei a crer que vou ver a minha filha crescer!
Voltar

Outros Testemunhos

  • Como tenho antecedentes familiares com cancro da mama, comecei a fazer exames de rotina aos 35 anos.E foi aos 40 anos, após um desses exames de rotina,...Felícia Ferreira, 55 anos, Mama, 1998Ler mais
  • Olá! Venho contar a história da minha mãe, que é a pessoa mais corajosa que eu conheço. Eu tinha 15 anos e a minha irmã 10 ou 11 anos, quando a minha...simone nunes, 27 anos, Mama, 1999Ler mais
  • Em junho de 1991, depois de uma mamografia, por causa de um pequeno “altinho” na parte inferior da mama esquerda, que teimava em não desaparecer, li no...Gabriela, 57 anos, Mama, 1991Ler mais
  • Olá a todos! Tenho 31 anos e desde os meus 17 que sou seguida no Hospital com fibroadenomas múltiplos nas duas mamas, fui operada 2 vezes, uma com 17 anos...Susana Lima, 31 anos, Mama, 2010Ler mais
  • A minha avó partiu a 14 de março deste ano com 84 anos. Foi-lhe diagnosticado um cancro da mama. Um cancro feroz, atípico para a idade dela. Fez uma...Andreia, 27 anos, Mama, 2009Ler mais
  • Vencer a Luta contra o Cancro.Essa luta tem várias frentes, missões e objetivos e cada um de nós pode dar o seu contributo para que...Ana Borges, 53 anos, Mama, 2001Ler mais
Apoios & Parcerias