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Filipe Garcia
21 anos Linfoma Hodgkin, 2008, Doente Bem, nem sempre é fácil escrever aquilo pelo que passamos. Nem sempre é fácil transmitir o que sentimos através de palavras. Mas após algum tempo a pensar sobre o assunto acho que chegou a hora de o partilhar com toda esta comunidade. Decorria o mês de novembro de 2008 quando a minha mãe reparou num inchaço anormal do lado esquerdo do meu pescoço. Decidiu, contra a minha vontade, levar-me ao médico a fim de perceber a origem do problema. Depois de ter sido avaliado, fui reencaminhado para o Hospital. Com grande sorte minha, a médica que me recebeu foi uma médica oncológica. Com todos os exames realizados percebeu que eu tinha uma doença no sangue mas como não havia total confirmação não chamou as coisas pelos nomes. Isto numa segunda-feira. Na terça-feira desloquei-me de novo ao Hospital para realizar uma TAC a fim de ver a extensão da doença. Na quarta-feira, realizei uma PET para perceber a real dimensão e gravidade da doença. Na quinta-feira fui operado para me ser retirado um gânglio do pescoço, para me colocarem um cateter e para fazer análise à medula. Foi-me então diagnosticado um Linfoma de Hogdkin de estádio II.Era aqui que começava um longo período de batalha pela recuperação. E acreditem que, com 16 anos, ouvir falar em cancro só pensamos se vamos ter cura ou se realmente a nossa vida está prestes a chegar ao fim. Fiz 8 tratamentos de Quimioterapia, aos quais reagi bem e fiz mais 17 tratamentos de Radioterapia. Acabei os tratamentos a 12 de maio de 2009 e, desde então, sou seguido de 6 em 6 meses. Tenho muito a agradecer à minha família, amigos e conhecidos por sempre me terem apoiado nos momentos menos fáceis. Hoje sinto-me recuperado, tenho alguns cuidados devido aos tratamentos a que fui sujeito mas levo uma vida totalmente normal!
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