Aspectos Psicológicos

O cancro é uma das doenças com maior incidência em Portugal e no mundo, estando associado a importantes implicações a nível físico, psicológico e social. Habitualmente conduz a uma qualidade de vida diminuída, sendo um dos principais problemas de saúde do século XXI. 

Nos últimos 30 anos, uma consciência cada vez maior tem recaído sobre as repercussões emocionais e interpessoais do cancro e seus tratamentos, bem como sobre o seu impacto no bem-estar dos doentes, o que contribuiu para o aparecimento de um novo campo de estudo em oncologia: a Psico-Oncologia.Esta nova disciplina tem-se focado essencialmente nas necessidades psicossociais do doente, sua família e profissionais de saúde e também na influência dos factores emocionais e comportamentais no início e progressão da doença.

Tendo subjacente a definição de saúde da OMS como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”, a Psico-Oncologia perspectiva o doente no seu todo, reconhecendo a necessidade de cuidados psicológicos, para além dos indispensáveis cuidados médicos. Assim, actualmente tem sido reconhecido que as intervenções psicossociais deverão ser parte integrante dos cuidados médicos prestados ao doente oncológico e não apenas uma modalidade de tratamento independente para o cancro, ajudando a:

  • Lidar melhor com a doença e seus tratamentos, promovendo uma melhor adesão terapêutica;
  • Prevenir a perturbação psicológica e dificuldades no funcionamento familiar;
  • Alargar, activar e reforçar potenciais redes de apoio informal, diminuindo sentimentos de isolamento, desamparo e abandono;
  • Clarificar percepções e informações erróneas, promovendo o conhecimento acerca da doença e seus tratamentos;
  • Aumentar a percepção de controlo sobre a doença;
  • Reduzir os efeitos físicos colaterais da doença e dos tratamentos;
  • Melhorar os parâmetros médicos (funcionamento imunológico), trazendo benefícios ao nível do curso da doença, recorrência e sobrevivência;
  • Promover o bem-estar emocional dos familiares;
  • Facilitar a comunicação entre o doente e os profissionais de saúde.   


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