Cancro da Mama Triplo Negativo

O Cancro da Mama Triplo Negativo (CMTN)

O Cancro de Mama Triplo Negativo é um subtipo de cancro da mama, caracterizado pela sua diversidade e por ser um tipo mais agressivo e com pior prognóstico. Está associado a uma maior taxa de recidiva a 5 anos. NO ENTANTO, a longo prazo (mais de 10 anos) esta taxa é menor comparativamente a outros cancros de mama.

O Cancro da Mama Triplo Negativo é diferente da maioria dos outros tipos de Cancro da Mama




Os subtipos de cancro da mama são diferenciados por mutações e recetores presentes nas células cancerígenas. No caso do CMTN as células não têm recetores de estrogénio ( ER) ou progesterona ( PR) e não produzem a proteína HER2.





Factores de risco

  • Mulheres jovens e na pré-menopausa
  • Mulheres negras e hispânicas
  • Mulheres portadoras do gene BRCA
  • História familiar

Sintomas

O cancro da mama pode causar alterações físicas visíveis, que devem ser observadas com atenção:

  • Qualquer alteração na mama ou no mamilo, quer no aspecto quer na palpação;
  • Qualquer nódulo ou espessamento na mama, perto da mama ou na zona da axila;
  • Sensibilidade no mamilo;
  • Alteração do tamanho ou forma da mama;
  • Retracção do mamilo (mamilo virado para dentro da mama);
  • Pele da mama, aréola ou mamilo com aspecto escamoso, vermelho ou inchado; pode apresentar saliências ou reentrâncias, de modo a parecer "casca de laranja".Secreção ou perda de líquido pelo mamilo. 

Apesar dos estadios iniciais do cancro não causarem dor, se sentir dor na mama ou qualquer outro sintoma que não desapareça, deve consultar o médico. Na maioria das vezes, estes sintomas não estão associados a cancro, mas é importante ser vista pelo médico, para que qualquer problema possa ser diagnosticado e tratado atempadamente.

Prevenção

É muito importante fazer exames de rastreio, antes de surgirem quaisquer sinais ou sintomas; só assim poderá ajudar os médicos a detetar e tratar precocemente o cancro. 

O Programa de Rastreio de Cancro da Mama da Liga Portuguesa Contra o Cancro cobre atualmente, as regiões Centro e Norte do País bem como os distritos do Alentejo e está em fase de alargamento ao Distrito de Lisboa e de Setúbal.

Examine as suas mamas

Observação e palpação da mama e axila tendo em atenção se há alguma alteração na forma da mama ou do mamilo. Apesar de importante, esta observação da mama não substitui a realização de exames periódicos complementares, nem a observação clínica feita pelo médico, que deve ser, no mínimo, anual.

Tratamento

Até há pouco tempo as opções de tratamento eram muito limitadas, baseavam-se sobretudo em quimioterapia. No entanto, têm sido desenvolvidos terapias inovadoras que trazem uma esperança para estes doentes.

  • Radioterapia - é um tratamento que usa radiação para matar as células tumorais. A radioterapia é recomendada após uma cirurgia para reduzir o risco de recidiva;
  • Cirurgia – Os doentes podem ser submetidos a uma cirurgia conservadora que envolve a remoção do tumor e, por vezes, pode envolver também a remoção dos gânglios linfáticos axilares. Existem várias técnicas que permitem reconstruir e preservar a aparência da mama, ou então as mulheres podem ser submetidas a mastectomia, que envolve a remoção total da mama. A reconstrução da mama pode ser feita de imediato, na mesma cirurgia, ou numa fase mais avançada;
  •  Quimioterapia - A quimioterapia é um tratamento que utiliza substâncias citotóxicas (tóxicas para as células) para matar as células tumorais. Os doentes podem fazer quimioterapia antes da cirurgia, conhecida como quimioterapia neoadjuvante, para diminuir o tamanho do tumor, ou então após a cirurgia (quimioterapia adjuvante), para diminuir o risco de recidiva;
  • Terapia-alvo - Estes medicamentos identificam alvos/biomarcadores nas células tumorais que ajudam o crescimento das mesmas e atacam especificamente esses alvos, bloqueando o crescimento das células malignas e impedindo assim a sua disseminação, sem prejudicar as células normais. Estas terapêuticas incluem os anticorpos monoclonais;
  • ADC - Os conjugados anticorpo-fármaco são medicamentos que combinam um anticorpo monoclonal, dirigido a um biomarcador/alvo, com quimioterapia. Deste modo, estas moléculas têm a capacidade de identificar o alvo tumoral e de se dirigirem diretamente às células tumorais, libertando, no interior destas células, substâncias citotóxicas.

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