“Enquanto houver estrada para andar”, a Liga Portuguesa Contra o Cancro vai continuar ​a estar ao lado do doente oncológico e famíliaA Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai promover, entre 31 de outubro e 3 de novembro, em todo o país, o Peditório Nacional que constitui umas das principais fontes de financiamento da Instituição e um importante elo na sua relação com a comunidade.
Este ano, com música cedida por Jorge Palma, a campanha de comunicação do Peditório Nacional é protagonizada por pessoas reais que sofrem de cancro e desafiam Portugal a partilhar o seu “Peso”, contribuindo - tal como a LPCC tem feito, ao longo dos anos, através do apoio prestado aos doentes e famílias -, para aliviar o “peso” do cancro na vida das pessoas.
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Métodos de Tratamento

 Métodos de Tratamento

Em qualquer estadio de evolução da doença, os doentes podem receber tratamento para controlar a dor e outros sintomas, para atenuar os efeitos secundários do tratamento e para reduzir os problemas emocionais. Este tipo de tratamento é designado por controlo dos sintomas, cuidados de suporte ou cuidados paliativos.

O médico é a pessoa mais indicada para descrever as opções de tratamento e discutir os resultados esperados.

O doente pode querer debater com o seu médico a possível participação num ensaio clínico, ou seja, num estudo de investigação de novos métodos de tratamento.

A cirurgia é um tratamento comum para a maior parte dos tumores cerebrais. A cirurgia para abrir o crânio é designada por craniotomia. Este procedimento é realizado mediante anestesia geral. Antes de iniciar a cirurgia, o couro cabeludo é rapado; o cirurgião efectua então uma incisão no couro cabeludo e utiliza um tipo especial de serra para remover um osso do crânio. Depois de remover parte ou a totalidade do tumor, o cirurgião cobre a abertura do crânio com o osso removido ou com uma peça metálica ou de tecido. Por fim, o cirurgião fecha a incisão do couro cabeludo.

Estas são algumas das questões que o doente poderá querer colocar ao médico antes da cirurgia:

  • Como me irei sentir depois da operação?
  • Se tiver dores, o que é que pode fazer?
  • Quanto tempo terei de ficar no hospital?
  • Terei alguns efeitos a longo prazo? O meu cabelo volta a crescer? Podem ocorrer efeitos secundários devidos ao uso de metal ou tecido para substituir o osso do crânio?
  • Quando posso retomar as minhas actividades habituais?
  • Qual é a probabilidade de recuperar totalmente?

Por vezes, não é possível realizar a cirurgia. Se o tumor estiver localizado no tronco cerebral ou noutras áreas, o cirurgião poderá não conseguir remover o tumor sem lesionar o tecido cerebral normal. Os doentes que não podem ser submetidos a cirurgia, são tratados com radiação ou outras abordagens.

A radioterapia (terapia por radiação) utiliza raios de alta energia para matar as células cancerígenas. A radiação é emitida a partir de raios X, raios gama ou protões. Um aparelho de grande dimensão dirige a radiação para o tumor e para os tecidos adjacentes. Por vezes, a radiação pode ser direccionada para todo o encéfalo ou para a espinal medula.

Geralmente, a terapia por radiação é efectuada depois da cirurgia. A radiação mata as células tumorais que possam ter permanecido nessa região. Os doentes que não podem ser submetidos a cirurgia são muitas vezes tratados com radiação.

Este tipo de tratamento é efectuado num hospital ou clínica. A calendarização do tratamento depende do tipo e dimensão do tumor, bem como da idade do doente. Cada sessão demora apenas alguns minutos.

Devem ser tomadas medidas para proteger o tecido saudável em redor do tumor cerebral:

  • Fraccionamento – Geralmente, a radioterapia é administrada 5 dias por semana, durante várias semanas. A administração da dose total de radiação por um período prolongado ajuda a proteger os tecidos saudáveis na área do tumor.
  • Hiperfraccionamento – Nesta caso, são administradas ao doente doses menores de radiação, duas ou três vezes por dia, em vez de uma dose diária mais elevada.
  • Terapia por radiação estereotáxica – Feixes estreitos de radiação são direccionados para o tumor, a partir de diferentes ângulos. Para este procedimento, é utilizada uma armação rígida para a cabeça do doente. A ressonância magnética (RM) ou TAC criam imagens com a localização exacta do tumor. O médico utiliza o computador para decidir qual a dose de radiação necessária, bem como o tamanho e os ângulos dos feixes. Esta terapia pode ser administrada numa única consulta ou em várias.
  • Terapia por radiação tridimensional conformada – O computador cria uma imagem tridimensional do tumor e do tecido cerebral circundante. O médico dirige múltiplos feixes de radiação para o local exacto do tumor. A focagem precisa dos feixes de radiação protege os tecidos cerebrais normais.
  • Terapia por radiação com feixe de protões – Neste caso, a fonte de radiação são os protões, em vez dos raios X. O médico dirige os feixes de protões para o tumor. Os protões conseguem atravessar os tecidos saudáveis sem os danificar.

Estas são algumas das questões que o doente poderá querer colocar ao médico sobre a radioterapia:

  • Por que necessito desta terapia?
  • Quando começarão os tratamentos? Quando terminarão?
  • Como me irei sentir durante a terapia? Existem efeitos secundários?
  • Que cuidados devo ter comigo durante o tratamento?
  • Como sabemos se a radiação está a resultar?
  • Poderei realizar as minhas actividades habituais durante o tratamento?

Quimioterapia (QT)– esta abordagem utiliza fármacos para matar células cancerígenas, e é também utilizada no tratamento de tumores cerebrais. Os fármacos podem ser administrados por via oral ou injectável. Em ambos os casos, os fármacos entram na corrente sanguínea e circulam pelo corpo. Em geral, são administrados em ciclos, de modo a que haja um período de recuperação a seguir a cada período de tratamento.

A quimioterapia pode ser administrada no hospital, em regime ambulatório, no consultório médico ou em casa. O doente raramente necessita de ficar hospitalizado.

As crianças têm maior probabilidades de serem submetidas a quimioterapia do que os adultos. No entanto, os adultos podem receber quimioterapia após a cirurgia e a radioterapia.

Em alguns doentes com cancro cerebral recorrente, o cirurgião remove o tumor e implanta vários discos contendo quimioterapia. Cada disco é mais ou menos do tamanho de uma moeda. O disco dissolve-se ao longo de várias semanas, libertando o fármaco no encéfalo para matar as células cancerígenas.

Os doentes poderão querer colocar as seguintes perguntas sobre quimioterapia:

  • Por que razão preciso deste tratamento?
  • Que efeito terá?
  • Tem efeitos secundários? O que posso fazer para os minimizar?
  • Quando começará o tratamento? Quando terminará?
  • Com que frequência terei de realizar exames médicos completos?

Fonte: National Cancer Institute • Com o apoioRoche

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