Efeitos Secundários

Efeitos Secundários Possíveis

Tendo em conta que, provavelmente, o tratamento do melanoma danifica células e tecidos saudáveis surgem, assim, os efeitos secundários. Alguns efeitos secundários específicos dependem, principalmente, do tipo de tratamento e sua extensão (se são tratamentos locais ou sistémicos). Os efeitos secundários podem não ser os mesmos em todas as pessoas, mesmo que estejam a fazer o mesmo tratamento. Por outro lado, os efeitos secundários sentidos numa sessão de tratamento podem mudar na sessão seguinte. O médico irá explicar os possíveis efeitos secundários do tratamento, e qual a melhor forma de os controlar.

Cirurgia

Os efeitos secundários da cirurgia dependem, essencialmente, do tamanho e localização do tumor, bem como do tipo de operação. O tempo necessário para a recuperação é diferente, de pessoa para pessoa. É normal sentir-se cansado ou fraco, durante algum tempo.

A maioria das pessoas sente algum desconforto, nos dias seguintes à cirurgia. No entanto, já há formas de controlar a dor. Antes da cirurgia, deverá perguntar ao médico qual a melhor forma de aliviar a dor. A medicação para a dor (ex.: analgésicos), pode ser ajustada.

Algumas pessoas têm receio que a cirurgia, ou mesmo a biópsia ao tumor, possa "ajudar" a metastizar a doença. É pouco provável que esta situação ocorra. O cirurgião usa métodos que não deverão "permitir" que as células cancerígenas se disseminem, ou seja, que metastizem.

As cicatrizes podem ser motivo de preocupação para algumas pessoas. Para evitar grandes cicatrizes, o médico remove o mínimo de tecido possível, não deixando de proteger contra a recidiva. Em geral, a cicatriz da cirurgia, para remoção de um melanoma em estadio inicial, é uma pequena linha, com 2,5 a 5 centímetros, que desaparece com o tempo. O facto de a cicatriz ser muito visível, não depende apenas da zona onde estava o melanoma: depende também da facilidade de cura e do facto da pessoa poder desenvolver cicatrizes com relevo, chamadas quelóides. Quando um tumor é grande e espesso, o médico tem que remover mais pele circundante e outros tecidos, incluindo músculo. Apesar dos implantes de pele reduzirem a cicatriz provocada pela remoção de grandes tumores, estas cicatrizes serão sempre bastante evidentes.

A cirurgia para remoção dos gânglios linfáticos, da axila ou da virilha, pode danificar o sistema linfático e atrasar o fluxo de linfa, no braço ou na perna. A linfa pode acumular-se num membro e causar inchaço (edema linfático). O médico pode sugerir exercícios, ou outra forma de reduzir o inchaço, se este se tornar um problema. Adicionalmente, é mais difícil para o organismo lutar contra uma infecção num membro, depois de os gânglios linfáticos regionais terem sido removidos; como tal, os membros terão que ser devidamente "protegidos" de cortes, arranhões, nódoas-negras, mordidas de insectos ou queimaduras que possam levar a infecções. Se surgir uma infecção, deverá ir imediatamente ao médico.

Quimioterapia

A quimioterapia afecta tanto as células normais como as cancerígenas.

Os efeitos secundários da quimioterapia dependem, principalmente, dos fármacos e doses utilizadas. Em geral, os fármacos anti-cancerígenos afectam, essencialmente, células que se dividem rapidamente, como sejam:

  • Células do sangue: estas células ajudam a "combater" as infecções, ajudam o sangue a coagular, e transportam oxigénio a todas as partes do organismo. Quando as células do sangue são afectadas, havendo diminuição do seu número total em circulação, a pessoa poderá ter maior probabilidade de sofrer infecções, de fazer "nódoas-negras" (hematomas) ou sangrar facilmente, podendo, ainda, sentir-se mais fraca e cansada.
  • Células dos cabelos/pelos: a quimioterapia pode provocar a queda do cabelo e pêlos do corpo; no entanto, este efeito é reversível e o cabelo volta a crescer, embora o cabelo novo possa apresentar cor e "textura" diferentes.
  • Células do aparelho digestivo: a quimioterapia pode causar falta de apetite, náuseas e vómitos, diarreia e feridas na boca e/ou lábios; muitos destes efeitos secundários podem ser controlados com a administração de medicamentos específicos.

Imunoterapia

Algumas pessoas desenvolvem uma erupção cutânea, no local da injecção; podem, ainda, apresentar sintomas do tipo gripal, como febre, arrepios, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, fraqueza, perda de apetite, náuseas, vómitos e diarreia. A terapêutica biológica pode, no entanto, causar efeitos secundários mais graves que, regra geral, desaparecem quando o tratamento é interrompido.

Radioterapia

Os efeitos secundários da radioterapia dependem, essencialmente, da dose e do tipo de radiação, bem como da área a ser tratada. Nesta zona, a pele poderá tornar-se vermelha, seca e sensível. Poderá, também, perder o cabelo e/ou pêlos da zona tratada.

Durante a radioterapia, poderá sentir-se muito cansado, particularmente nas últimas semanas de tratamento. O descanso é importante, mas, geralmente, o médico aconselha as pessoas a manterem-se activas, dentro do possível.

Os efeitos da radioterapia, na pele, são temporários, e a zona irá sarar, gradualmente, assim que termine o tratamento. Pode, no entanto, haver uma alteração duradoura na cor da pele.

Se tiver um efeito secundário particularmente grave, poder-lhe-á ser sugerida uma interrupção do tratamento.


Fonte: National Cancer Institute • Com o apoioRoche

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