Sinais de Alerta

Quem está em Risco

Ninguém sabe as causas exactas do melanoma.

Muitas vezes, o médico não consegue explicar porque é que uma pessoa desenvolve melanoma e outra não. No entanto, a investigação demonstra que determinados factores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver melanoma. Globalmente, os factores de risco mais comuns, para o melanoma, são em seguida apresentados:

  • Nevo displásico: é mais provável que os nevos displásicos se tornem cancerígenos do que os sinais comuns. Os nevos displásicos são comuns, e muitas pessoas têm alguns destes sinais anómalos. O risco é superior em pessoas com um grande número de nevos displásicos. O risco é particularmente elevado em pessoas com história familiar de nevos displásicos ou de melanoma.
  • Muitos sinais comuns (mais de 50): ter muitos sinais aumenta o risco de desenvolver melanoma.
  • Pele clara: o melanoma ocorre com maior frequência em pessoas com pele clara, que queima e "faz" sardas facilmente (geralmente, estas pessoas têm cabelo ruivo ou louro e olhos azuis), comparativamente a pessoas com pele escura. As pessoas de raça caucasiana (branca) desenvolvem melanoma mais frequentemente do que as de raça negra, provavelmente porque a pele clara sofre mais facilmente os danos causados pelo sol.
  • História pessoal de melanoma ou cancro da pele: as pessoas que já foram tratadas a um melanoma, apresentam risco mais elevado de ter um segundo melanoma. Algumas pessoas desenvolvem mais de dois melanomas. Pessoas que tiveram um ou mais cancros de pele comuns, como o carcinoma das células basais ou carcinoma das células escamosas, têm risco aumentado para melanoma.
  • História familiar de melanoma: por vezes, o melanoma ocorre em várias pessoas da família. Ter dois ou mais familiares próximos que tiveram melanoma, é um factor de risco. Cerca de 10% de todas as pessoas com melanoma têm um membro da família com a doença. Quando o melanoma ocorre numa família, todos os membros da família devem ser vistos regularmente por um médico.
  • Sistema imunitário enfraquecido (deprimido): pessoas cujo sistema imunitário está enfraquecido por certos tumores, por fármacos administrados depois de um transplante de órgãos ou por HIV, têm risco aumentado de desenvolver melanoma.
  • Queimaduras solares graves, com feridas ou bolhas: uma pessoa que tenha tido pelo menos uma queimadura solar grave, com formação de bolhas, quando criança ou adolescente, tem risco aumentado de melanoma. Como tal, é aconselhável que os pais protejam a pele das crianças do sol. A protecção solar pode reduzir o risco de melanoma, mais tarde na vida. As queimaduras solares, em idade adulta, também são um factor de risco para melanoma.
  • Radiação UV (ultra-violeta): pensa-se que o aumento mundial do número de melanomas esteja relacionado com o aumento do tempo de exposição ao sol. O melanoma é mais comum em zonas com grande incidência de radiação UV do sol. A radiação solar UV provoca envelhecimento prematuro e danos na pele, que podem originar melanoma. As fontes artificiais de radiação UV, como lâmpadas solares e cabines de bronzeamento (solários), também podem provocar danos na pele e aumentar o risco de melanoma. A exposição aos raios UV naturais deve ser limitada; as fontes artificiais devem ser evitadas.

A radiação ultravioleta (UV) provém do sol, de lâmpadas solares e de câmaras de bronzeamento (solários); provoca envelhecimento precoce da pele e alterações que podem originar cancro de pele. Os médicos encorajam as pessoas de todas as idades a limitar o tempo de exposição ao sol, bem como a evitar outras fontes de radiação UV:

  • Sempre que possível, evite o sol do meio-dia (meio da manhã até ao fim da tarde). Sempre que a sua sombra seja menor do que o seu tamanho real, lembre-se que deve proteger-se do sol.
  • Deve proteger-se da radiação UV reflectida pela areia, água, neve e gelo; as radiações UV também "atravessam" as roupas leves, os vidros do carro e as janelas.
  • Use mangas compridas, calças, chapéu de aba larga e óculos de sol com lentes que absorvam os raios UV.
  • Aplique protetor solar, de longo espetro (filtram os UVA e os UVB), com fator de proteção de, pelo menos, 30 (privilegiar as fórmulas em creme em detrimento dos sprays). O protetor deve ser reaplicado, de duas em duas horas, ou após o banho. É importante notar que a proteção que os protetores oferecem é limitada e por isso, estes, devem ser pensados como medida de proteção extra e não como medida de proteção principal.
  • Não utilize lâmpadas solares nem câmaras de bronzeamento (solários); ao contrário do que se possa pensar, estas fontes de radiação não são mais seguras do que a luz directa do sol.
  • Proteja-se do sol.
  • Use óculos de sol com lentes que absorvam os UV. A etiqueta deve especificar que as lentes bloqueiam pelo menos 99% de radiação UVA e UVB. Os óculos de sol podem proteger os olhos, bem como a pele à sua volta.

Se pensa que pode apresentar risco aumentado para desenvolver melanoma, deverá discutir essa preocupação com o médico; poderá saber como reduzir o risco, quais os sinais e sintomas a observar e qual o calendário ideal para fazer exames regulares.


Fonte: National Cancer Institute • Com o apoioRoche

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