Voltar

Ana

28 anos Mama, 2012, Familiar
Lido com o cancro desde a minha adolescência. Nunca tive cancro, mas tive dois familiares próximos que infelizmente morreram com cancro de pulmão, no entanto, a imagem que tenho deles é de luta, foram uns verdadeiros lutadores e morreram com um sorriso nos lábios, ambos transmitiram-me grandes ensinamentos. Já na minha juventude decidi que queria seguir a carreira científica e fazer investigação em oncologia, e consegui, sinto-me como que a dar pequenos contributos diários para a cura e detecção precoce desta doença. Não quero ser reconhecida pelo que faço, quero saber que ajudo de alguma forma, é para isso que trabalho. Quando pensava que 'a minha dose de cancro' tinha passado, e que agora a minha ligação a esse mundo se resumia ao meu trabalho, eis que o mundo novamente desaba. Em Março de 2012, numa acção de rastreio promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro foi diagnosticado um cancro da mama à minha mãe. O primeiro impacto é indescritível, a incerteza de um diagnóstico preciso, quais os tratamentos, na realidade quais as possibilidades, é todo um mundo de incertezas. Foi muito difícil para todos nós, especialmente para ela que sempre foi o pilar da nossa família, que sempre acarretou com todos os nossos problemas. E então? Olhar em frente, ver o que é necessário fazer e lutar, sempre lutar, dar-lhe ânimo porque agora é ela que precisa de nós. A minha mãe foi operada, fez esvaziamento axilar, quimioterapia, radioterapia (que terminou à um mês) e terá de fazer terapia hormonal durante cinco anos. É uma guerreira, teve dias de grande depressão e melancolia, é verdade, mas com a ajuda de todos que a rodearam conseguiu reerguer-se. E eu? Posso dizer-vos que todas estas situações me marcaram, mas que sinto que de cada uma delas saio fortalecida. Lição final, nunca desistir, dar o nosso melhor e fazer o que está ao nosso alcance para ajudar e nos ajudar. Hoje sou eu, amanhã podes ser tu, não vires as costas a este problema, se ele existe só tens de o encarar de frente.
Voltar

Outros Testemunhos

  • Conheci o cancro na primeira pessoa há um ano atrás. Há um ano e um mês que convivo diariamente com ele, trato-o por tu, mas recuso-me a deixar que ele...Anita Chouriço, 39 anos, Mama, 2010Ler mais
  • Em julho de 2011, com 50 anos, apalpei um “caroço” na mama esquerda. Imediatamente, fui fazer ecografia e mamografia e o médico foi direto: tinha...Maria João, 52 anos, Mama, 2011Ler mais
  • 1 de junho de 1999, dia da criança. Foi na brincadeira com as minhas filhas que uma delas me tocou no peito e me doeu. Apalpei de imediato o local e...Isabel, 56 anos, Mama, 2001Ler mais
  • Com apenas 36 anos de idade e com 2 filhas pequenas (uma com 6 anos e outra com quase 2) foi-me diagnosticado um cancro da mama. A minha maior dor foi...Sandra Santos, 45 anos, Mama, 2005Ler mais
  • Eu descobri que tinha um nódulo com características suspeitas na mama em novembro de 2006, tinha 25 anos. Na altura guardei segredo, porque...Mara Borges, 38 anos, Mama, 2007Ler mais
  • Sorrir para a vida! A minha história resume-se às seguintes palavras: força, fé, coragem, determinação, amor, amizade, esperança, sorriso e vida. Sou...Ana Morais, 45 anos, Mama, 2007Ler mais
Apoios & Parcerias