Voltar

Anónimo

33 anos Retinoblastoma, Familiar
Esta iniciativa é muito importante, porque quando nos é diagnosticado um cancro, ou a um familiar nosso (como foi o meu caso, o meu filho, na altura com apenas 2 meses de idade) o mundo parece desabar aos nossos pés e sentimo-nos sós e abandonados. Nessas alturas, todas as palavras de conforto, força e coragem são bem-vindas, pois ajudam-nos a ultrapassar ou a atenuar a revolta interior que sentimos e a olhar o futuro com uma perspetiva diferente. Quando foi diagnosticado um retinoblastoma ao meu filho, procurei na internet histórias de outras crianças que tiveram esse tipo de cancro e o conseguiram ultrapassar para delas retirar a esperança e a força que necessitava. Li também estes testemunhos que, embora sobre diferentes tipos de cancro do que enfermou o meu filho, ajudaram-me a perceber que, talvez em poucas outras situações façam tanto sentido os ditados: quem espera sempre alcança, quem procura encontra ou, melhor dizendo, quem acredita vence esta doença. Faz hoje precisamente um ano que o meu filho a venceu. Foi-lhe removido um olho, mas continua livre de cancro e eu acredito que terá uma longa vida pela frente. Se uma criança de apenas 2 meses foi capaz (apesar de nem sequer ter tido a noção da doença que tinha) nós adultos não nos deveremos deixar derrotar por uma doença, qualquer que seja. Sempre apoiei a Liga Portuguesa Contra o Cancro, muito antes de sequer imaginar que esta terrível doença me ia bater à porta. Agora, gosto de consultar a sua página na internet e, sempre que o faço, volto a reler ou ler novos testemunhos. Porque o meu filho irá, sem dúvida, ultrapassar a deficiência que o cancro lhe deixou, mas o meu coração de mãe nunca ultrapassará a dor e a revolta sentida pela perda do olho que o cancro roubou ao meu filho. Por isso, acho muito importante esta iniciativa. Porque nela encontro o ânimo que, de vez em quando, continuo a precisar, e precisarei ao longo da minha vida.
Voltar

Outros Testemunhos

  • Tinha 14 anos quando me foi diagnosticado o cancro. Fui sempre feliz durante esse tempo. Cortei o cabelo e arranjei imediatamente uma alcunha a mim mesma -...Marine Antunes, 22 anos, Linfoma Não Hodgkin, 2004Ler mais
  • Não existem palavras certas para descrever aquilo que senti e aquilo que sentiram as pessoas que me rodeiam quando descobrimos que algo não estaria bem....Ana Melo, 19 anos, Linfoma Hodgkin, 2010Ler mais
  • Olá amigos! Vou começar por dar o meu testemunho, que no fundo terá algo em comum com várias pessoas que, tal como eu, estão a passar ou passaram por...Ana Mateus, 52 anos, Mama, 2011Ler mais
  • Perdi a minha irmã em outubro de 2010, com 37 anos. Certamente não é um caso de sucesso como gostaria de partilhar mas a vida, infelizmente, não é só...Irene Silva, 47 anos, Mama, 2008Ler mais
  • Cancro! Sentença de morte ou uma doença que deve ser enfrentada como qualquer outra?Em julho de 2013, fui realizar uma TAC abdominal a pedido da minha...Fernando Simões, 48 anos, Estômago, 2013Ler mais
  • Olá a todos! Resolvi também colaborar com o meu diagonóstico, visto que aprendemos uns com os outros. Foi-me diagonosticado um tumor na mama esquerda em...Vitória Soares, 52 anos, Mama, 2010Ler mais
Apoios & Parcerias