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Anónimo

55 anos Outro, 2008, Doente
Não é fácil aceitar que se tem um cancro raro, deita tudo abaixo, pelo menos para mim, família, amigos,empresa, sonhos (alguns) foram-se. Cheguei a não ter forças para andar nem para conseguir fazer o mínimo que fosse (eu que era um poço de dinamismo e luta). (...) Mas, graças a Deus, tive sempre a capacidade de pensar e muita vontade, e isso deu-me forças para continuar...mudei-me para outra terra, e apesar de não estar curado, tudo está mais estável, e posso fazer coisas que não fazia. Mais importante, começo a ter esperança no futuro e comecei a encarar as pessoas de modo diferente, tento compreender mais, aconselhar baseado na minha experiência, observar mais o Outro. Quero refazer a minha vida em todos os planos: emocional, mental, económico, etc., apreciando agora com mais atenção o que ela me oferece. Aprendi que não posso desistir e que a vida é uma preciosidade única, e "carpe diem" passou a ser a minha divisa. Fica ainda o agradecimento àquelas pessoas que me acompanham. Acho que só um agradecimento não chega, dou-lhes a minha amizade para sempre! Obrigado!
 
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