Testemunhos QUEBRAR O SILÊNCIO
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Filipa Martinho
36 anos Tiróide, 2015, Doente O hoje é dádiva!
Viver o hoje com toda a intensidade ganhou outro significado na minha vida após o dia 5 de Janeiro de 2015.
Ninguém está preparado para ouvir a notícia..."é cancro". O mundo desaba e aquela palavra atravessa-nos a alma, trazendo consigo o medo, a angústia e a revolta. Pensamos que ainda havia tanto para viver, tantos planos e projetos por concretizar e que, de repente, a vida nos prega esta partida…
Um dia depois do choque da notícia, surgiu a vontade de continuar a lutar…cheguei a dizer várias vezes “isto é apenas uma rasteira da vida, mas ainda há muito caminho a percorrer”. Apesar de todo o turbilhão de emoções que vivenciava, conseguia dar alento e coragem aos amigos e familiares mais próximos. E todo o carinho e preocupação que manifestavam dava-me ainda mais força para continuar a minha luta.
Houve alturas em que confesso que não foi fácil, mas a vontade de voltar à minha vida “normal” conseguia sobrepôr-se a tudo…Por estranho que pareça, o mais complicado de suportar não foi a cirurgia, a recuperação da cirurgia ou os tratamentos, mas sim os dias em que fui forçada a estar isolada como consequência dos tratamentos de iodo radioactivo.
Para uma pessoa que vive das relações humanas e para quem o conviver com os outros é o que alimenta o coração e a alma, estar afastada 2 semanas de familiares, amigos e do local de trabalho foi o maior sofrimento que esta doença me causou.
Lutar contra um cancro, posso dizê-lo hoje passados 2 anos e com a situação controlada, não é fácil, mas a determinação, atitude positiva e desejo de viver foram determinantes para ultrapassar as piores fases da doença.
E quando passado 1 ano e meio se ouve a médica dizer: “Os valores das suas análises estão ótimos, já não acusa células cancerígenas”...Acreditem sente-se liberdade e uma alegria inexplicável…é como se a vida me estivesse a dar uma segunda oportunidade. Nesse momento as lágrimas caíram pelo meu rosto e com um sorriso disse para a médica: "Eu sabia Dra., jamais ele me iria vencer!”
Se já dava valor à vida, depois desta experiência sinto a necessidade de viver tudo de forma intensa, e aprendi a valorizar todos os pormenores e tirar partido até das coisas mais simples que a vida nos dá.
A frase “O passado é história, o futuro é mistério e o hoje é uma dádiva, por isso se chama presente” passou a ser um lema de vida, nada como vivermos e darmos tudo de nós hoje, porque o amanhã pode não surgir.
Viver o hoje com toda a intensidade ganhou outro significado na minha vida após o dia 5 de Janeiro de 2015.
Ninguém está preparado para ouvir a notícia..."é cancro". O mundo desaba e aquela palavra atravessa-nos a alma, trazendo consigo o medo, a angústia e a revolta. Pensamos que ainda havia tanto para viver, tantos planos e projetos por concretizar e que, de repente, a vida nos prega esta partida…
Um dia depois do choque da notícia, surgiu a vontade de continuar a lutar…cheguei a dizer várias vezes “isto é apenas uma rasteira da vida, mas ainda há muito caminho a percorrer”. Apesar de todo o turbilhão de emoções que vivenciava, conseguia dar alento e coragem aos amigos e familiares mais próximos. E todo o carinho e preocupação que manifestavam dava-me ainda mais força para continuar a minha luta.
Houve alturas em que confesso que não foi fácil, mas a vontade de voltar à minha vida “normal” conseguia sobrepôr-se a tudo…Por estranho que pareça, o mais complicado de suportar não foi a cirurgia, a recuperação da cirurgia ou os tratamentos, mas sim os dias em que fui forçada a estar isolada como consequência dos tratamentos de iodo radioactivo.
Para uma pessoa que vive das relações humanas e para quem o conviver com os outros é o que alimenta o coração e a alma, estar afastada 2 semanas de familiares, amigos e do local de trabalho foi o maior sofrimento que esta doença me causou.
Lutar contra um cancro, posso dizê-lo hoje passados 2 anos e com a situação controlada, não é fácil, mas a determinação, atitude positiva e desejo de viver foram determinantes para ultrapassar as piores fases da doença.
E quando passado 1 ano e meio se ouve a médica dizer: “Os valores das suas análises estão ótimos, já não acusa células cancerígenas”...Acreditem sente-se liberdade e uma alegria inexplicável…é como se a vida me estivesse a dar uma segunda oportunidade. Nesse momento as lágrimas caíram pelo meu rosto e com um sorriso disse para a médica: "Eu sabia Dra., jamais ele me iria vencer!”
Se já dava valor à vida, depois desta experiência sinto a necessidade de viver tudo de forma intensa, e aprendi a valorizar todos os pormenores e tirar partido até das coisas mais simples que a vida nos dá.
A frase “O passado é história, o futuro é mistério e o hoje é uma dádiva, por isso se chama presente” passou a ser um lema de vida, nada como vivermos e darmos tudo de nós hoje, porque o amanhã pode não surgir.
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