Voltar

Isabel

56 anos Mama, 2001, Doente
1 de junho de 1999, dia da criança. Foi na brincadeira com as minhas filhas que uma delas me tocou no peito e me doeu. Apalpei de imediato o local e senti um caroço pequeno. Após exames de mamografia e ecografia, foi diagnosticado como sendo um fibroadenoma, com indicação para seguir evolução de 4 em 4 meses, que depois passou para 6 meses. Assim foi, até que algo me dizia que não batia certo. Estávamos em dezembro de 2000 quando fiz questão de antecipar o exame e pedi para fazer uma nova ecografia porque me parecia que o nódulo tinha crescido. Foi então que, em janeiro de 2001, através de mamografia e ecografia, que os resultados vieram confirmar as minhas suspeitas: de 13mm passou para 21mm. Nessa semana falei com um cirurgião muito experiente nesta área que, sem grandes conversas disse que independemente do que fosse, era "para tirar". Dia 23 de Janeiro fui operada e foi aí que soube que o suposto fibroadenoma era um Carcinoma Ductal Invasivo G3. Fizeram exame patológico no decorrer da operação e tiveram mesmo que fazer mastectomia radical com esvaziamento axilar. Já tinha vários gânglios linfáticos afetados.
Fiz 4 sessões de quimioterapia, 35 de radioterapia, 5 anos de tamoxifeno e 2 de Letrozol, com uma histerectomia pelo meio e 3 processos de reconstrução não muito bem sucedidos porque a pele depois da radioterapia perde toda a elasticidade. Mas, o mais importante, sem sinais de doença.
17 anos depois…Fevereiro de 2018, uma crise de renite alérgica que passou para uma tosse e uma impressão estranha no peito. Foi na segunda ida à urgência que se confirmou que tinha líquido no pulmão esquerdo.
Voltei ao local onde estava a ser seguida por iniciativa própria, onde sempre fui bem tratada e acompanhada naquela época difícil. Fiz consulta de pneumologia (...) que culminou numa PET ao corpo inteiro.
Foi no dia 20 de março que, depois de sair de fazer o PET, soube que o resultado da citologia era positivo para células neoplásicas com recetores RE positivos, havendo uma ligação ao cancro da mama removido cirurgicamente há 17 anos atrás.
Retoma do Letrozol e o médico pediu o estudo do HE2, uma vez que há 17 anos atrás não se fazia. O resultado do PET foi animador, pois não foi detetada mais nenhuma metástase para além da pleura.
Na presença de HE2 negativo, comecei um novo ciclo de quimioterapia, desta vez semanais.
Vamos à luta, porque que eu também sou dura de roer e também vou vencer desta vez!
 
Voltar

Outros Testemunhos

  • Em 2002 foi-me detetado um cancro da mama, onde me foi feita uma mastectomia total direita. Logo ao extraírem a mama foi-me colocado o expansor e passado...Isabel Boleto, 51 anos, Mama, 2002Ler mais
  • Era uma vez... E como todas as histórias, a minha poderia começar assim, como as tradicionais! Sim, dado que amava de paixão iniciar o dia com “Era uma...Maria Macedo, 53 anos, Mama, 2005Ler mais
  • Aprendi, durante o tempo em que estive doente, que cancro não é sinónimo de morte, mas sim sinónimo de luta!Apesar de ficarmos curadas, nunca mais...Custódia Esturra, 43 anos, Mama, 1995Ler mais
  • Olá a todos! Resolvi também colaborar com o meu diagonóstico, visto que aprendemos uns com os outros. Foi-me diagonosticado um tumor na mama esquerda em...Vitória Soares, 52 anos, Mama, 2010Ler mais
  • Caiu uma bomba! Não sei exatamente o dia, sei que era um sábado antes do dia do Pai! Primeiro neguei até conseguir uma confirmação do que vinha no...Joana, 38 anos, Mama, 2015Ler mais
  • Só no ano de 2013, com a ajuda da minha psicóloga, consegui dizer “tive cancro”.Só hoje consigo escrever sobre o assunto, esperando que o meu...Maria DIAS, 55 anos, Mama, 2010Ler mais
Apoios & Parcerias