Voltar

Isabel Frade

53 anos Outro, 2001, Doente
Na sequência de dores abdominais e febre que não passava fui às urgências onde me detetaram uma apendicite. Fui de imediato, por ordem do médico, para o hospital onde fui operada no próprio dia. Depois da alta tive problemas de um abcesso no local da operação e tive de voltar para o hospital! O resultado da biopsia informou que tinha um adenocarcinoma do apêndice. Fui tratada por um grande médico. A preocupação principal do médico foi a de que o apêndice tinha uma pequena ruptura e as células poderiam ter-se espalhado pelos órgãos do abdómen. No TAC e RM não se verificaram mestástases, mas mesmo assim fiz nova operação com quimioterapia incorporada, na Alemanha. Hoje essa técnica já é praticada em Portugal, mas naquela altura isso não acontecia. Fui muito bem tratada na clínica para onde fui. Foi um pesadelo que enfrentei com a minha família, porque na altura os meus filhos tinham cerca de treze anos, mas com todo o apoio que tive da parte do meu médico, da minha família, especialmente do meu marido, do meu irmão, da minha cunhada e de todos os meus verdadeiros amigos, consegui superar a dor, o medo, a não crença no futuro. Hoje, já lá vão 12 anos, sinto-me ótima, já sou avó, continuo a trabalhar, dou muito mais valor à vida, sei que nada pode ser dado como adquirido, busco a felicidade em pequenas coisas, sei que é uma doença traiçoeira, mas não estrago a minha alegria a pensar no assunto. Aliás, já não penso nele. Acreditem que a vida qualquer que seja a situação pode ter ainda muito para nos dar. Tenham esperança em dias melhores e que poderão ser ainda mais felizes depois de superarem a doença! Força e acreditem!
Voltar

Outros Testemunhos

  • Se o “bicho” é danado temos de ser pior que ele. Nunca se deve fazer como a avestruz. Todas as doenças podem ser fatais, se nada fizermos para as...maria cristao, 56 anos, Outro, 2008Ler mais
  • Diagnosticaram cancro da mama à minha mãe no ano passado. Hoje passou um ano e parece estar tudo bem. Nunca duvidei que era assim que as coisas iam ficar....Carolina Ferreira, 23 anos, Outro, 2012Ler mais
  • Um agradecimento a todos estes testemunhos de vida que muito ajudam a encarar e a adaptar a vida no dia-a-dia a esta tipologia de doença.No meu caso,...Cidadão Atento, 62 anos, OutroLer mais
  • Não é fácil aceitar que se tem um cancro raro, deita tudo abaixo, pelo menos para mim, família, amigos,empresa, sonhos (alguns)...Anónimo, 55 anos, Outro, 2008Ler mais
  • Olá! O meu testemunho não tem um final feliz mas por essa trajetória que a minha mãe percorreu traz muita...Zaira Costa, 16 anos, Outro, 2016Ler mais
  • Sou o Rui e tenho 33 anos. No dia 5 de março de 2015, senti-me muito mal, com muitas hemorragias e febre muito alta, que não me permitiam sequer...rui fernandes, 33 anos, Outro, 2015Ler mais
Apoios & Parcerias