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Joana

38 anos Mama, 2015, Doente
Caiu uma bomba! Não sei exatamente o dia, sei que era um sábado antes do dia do Pai! Primeiro neguei até conseguir uma confirmação do que vinha no relatório. Depois chorei, chorei e chorei! Não queria esta luta. Não queria deixar de cuidar da minha filha. Não queria deixá-la sem mãe. Não queria abalar a vida do meu marido. Não queria deixar o meu desporto que tanto gosto e tanta falta me faz. Não queria nada disto mas não há quereres. Ninguém quer mas tal como na lotaria, às vezes somos premiados. Resta-nos lutar com dias de muito otimismo. É uma luta que para mim ainda agora começou. Só fiz a cirurgia! Deixei o meu desporto há 2 meses. Deixei metade de cada mama. Deixei a minha filha por uns dias. Deixei o meu marido preocupado. Abalei a família que não o demonstra. Eu não o demonstro. Mas tenho um nó na garganta e muitas vezes só me apetece chorar e berrar: “Porquê a mim?!”, “Porquê agora?!”. Outros dias, sorrio e penso: “Vai correr tudo bem. Já o tirei de dentro de mim, vou fazer os tratamentos e, em breve, terei toda a minha vida de volta!”.
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