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Lúcia Marçal

26 anos Colo-Rectal (Intestino), 2014, Doente
Aos 17 anos eu e a minha irmã fizemos um teste genético devido aos vários casos de cancro do intestino na família. Aí foi o primeiro choque: "Ok, eu tenho enormes probabilidades de ter cancro". Com o passar do tempo fui-me habituando ou esquecendo. Aos 24 anos decidi fazer uma colonoscopia, pensando eu que estaria tudo bem pois, segundo a minha médica, são doenças que normalmente só se manifestam por volta dos 40, 50...Depois de fazer o exame ouvi uma das piores notícias; o médico disse que tinha mais de 50 pólipos e que o melhor seria fazer a cirurgia para remoção do intestino. Caiu uma bomba nas minhas mãos. Tinha 24 na altura e ía ter de o fazer se não queria morrer. Fui encaminhada e passaram-se 2 anos entre exames e consultas, passei por várias crises de ansiedade até que me diagnosticaram uma depressão. Em novembro de 2016, aos 26 anos, fui operada. Retiraram o intestino grosso e fizeram uma bolsa para conter melhor as fezes. Para além disso fiquei ostomizada, tenho um saco de ileostomia há quase 5 meses. Neste momento aguardo a nova operação para retirar o saco.

Queria dizer que não é nada fácil, passamos por momentos horríveis, mas eu não tinha escolha se queria viver, pelo que quero deixar o meu testemunho para que as pessoas tenham atenção aos sintomas, ao histórico familiar (...). Façam o exame regularmente, não​ custa nada e salva vidas. Eu sou um exemplo disso.
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