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lucinda maria duarte de oliveira pinto de almeida

50 anos Mama, 2006, Doente
O dia da execução do "bicho": 5 de julho de 2006. Meio-dia, marcava o relógio na parede do bloco operatório. Sentia-me muito bem-disposta, mesmo depois de ter ouvido a médica radiologista dizer que eram vários os "bicharocos". Os médicos e enfermeiros muito simpáticos sempre em amena conversa. A dada altura o anestesista pediu para contar até três e foi uma pedrada até às seis da tarde. Foram seis horas de corta e cose e decisões que tiveram de ser tomadas sem que se tivesse previsto. Uma equipa excelente, a quem muito agradeço e por quem tenho um certo carinho. O "bicho" foi exterminado sendo a sua raça do piorio, tendo-se obtido resultados positivos. Conclusão: Carcinoma ductal invasor, de alto grau nuclear, grau III, constituído por três nódulos tumorais independentes, o maior com 23 mm e metástases em três dos 28 gânglios axilares dissecados. Depois de toda esta análise, seguiram-se seis ciclos de quimioterapia, três com FEC 100 e mais três com Taxotere que me deram cabo do meu rico esqueleto. Pois é! E aqui estou eu, viva e com a barriga toda esburacada das injeções e comprimidos à mistura para vos contar esta história e muitas mais que por mim se passaram e ainda virão a acontecer. A vida é muito bonita para que desistamos de lutar por ela. Hoje, já com a reconstrução quase terminada e muitos projetos concretizados, estou aqui a deixar o meu testemunho de vida. A barreira dos cinco anos está quase lá e tenho a certeza que vou ultrapassar.
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