Testemunhos QUEBRAR O SILÊNCIO
Deixar a minha avaliaçãoDEIXAR O MEU TESTEMUNHO Voltar
Manuela Miller
47 anos Mama, 1998, Doente Venho por este meio deixar o meu testemunho e pedir a quem sofre deste tipo de doença, que vem sem avisar e se instala sem nós estarmos preparados, que não desistam. Em 1998, depois de ter verificado que tinha um caroço muito pequeno junto a minha axila do lado esquerdo, fui ao médico que me disse que em princípio não era nada de especial e que me retirava sem qualquer tipo de problema, salvaguardo aqui que o médico que me fez tal operação foi a minha salvação porque ao contrário do que ele previa o nódulo foi para ser diagnosticado e quando veio o resultado era maligno. Tudo ficou negro à minha volta. Tinha 33 anos, um filho com 6 anos e ainda tinha tanto para fazer que não queria que a minha vida acabasse ali naquele momento. Foi-me alertado da pior forma o que me podia acontecer com o pior cenário. Custou-me muito porque além de ter de me submeter a uma cirurgia para limparem a axila com a possibilidade de retirar o peito, ainda ia fazer quimioterapia onde iria ficar completamente careca. Depois de todos os conselhos médicos resolvi fazer tudo direitinho: operação, quimioterapia, radioterapia e ainda injeções nos ovários durante 3 anos. Por fim era a tomada do tamoxifen. Foi uma fase difícil mas afinal o cenário até foi menos doloroso. Fiz tudo direitinho e correu tudo bem. Não consigo explicar o que sentimos mas depois disto nada fica igual. Agora, há 3 anos suspeitaram de algo nos ovários e por isso tive que fazer uma conização. O resultado foi negativo mas tenho que vigiar. Mas tudo isto traz muito medo. Uma simples ecografia assusta, não posso mentir e dizer que não tenho medo de um simples exame médico, uma simples análise. Porque trata-se e cuida-se quando é detetado a tempo mas é doloroso psicologicamente o entretanto. Passado isto, a vida continua e com outra visão.
Outros Testemunhos
- Em dezembro de 2015, uma semana depois do meu filho completar 2 anos, estava longe de imaginar que a minha vida iria dar uma volta de 180°.Andava eu...Ler mais
- “Há coisas que se podem escrever quando já não dói ...”Não há datas mágicas, mas já lá vão cinco anos.No dia 18 de janeiro de 2006, ouvi a...Ler mais
- Em junho de 1991, depois de uma mamografia, por causa de um pequeno “altinho” na parte inferior da mama esquerda, que teimava em não desaparecer, li no...Ler mais
- Foi em Outubro de 2018, quando numa ecografia de rotina, me foi diagnosticado o carcinoma mamário!Tinha 30 anos e não queria acreditar que...Ler mais
- Caiu uma bomba! Não sei exatamente o dia, sei que era um sábado antes do dia do Pai! Primeiro neguei até conseguir uma confirmação do que vinha no...Ler mais
- Neste meu testemunho não é minha intenção descrever os medos, as angústias, os receios ou o desânimo que por vezes teimam em nos perseguir. Tenho por...Ler mais