Testemunhos QUEBRAR O SILÊNCIO
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Maria Teresa Leão Costa Pereira
63 anos Colo-Rectal (Intestino), 2011, Doente Vai fazer 5 anos que me foi diagnosticado um cancro no cólon. Nesse dia (1/3/2011) o meu mundo virou-se do avesso e a incerteza quanto ao que se iria passar tornou-se a principal preocupação. Valeu-me o saber e o apoio da instituição onde fui acompanhada. Todos, sem exceção, mais do que cumpriram a sua missão e ajudaram-me a passar por duas cirurgias e 36 ciclos de quimioterapia. Jamais esquecerei a equipa de enfermagem do Hospital de Dia porque foram esses enfermeiros que acompanharam durante os momentos mais difíceis. Foram eles que me chegavam as mantas quando tinha frio e conversavam sobre a doença e não só quando me sentia solitária.
Em 2013 fui operada aos pulmões por causa de metástases que surgiram entretanto. Mais quimio e mais incertezas....
Hoje em dia, aprendi a não tomar nada como garantido. Continuo com os tratamentos de quimio e as metástases vão aparecendo e desaparecendo. Confio inteiramente nos médicos que me acompanham. Vou buscar força à família, aos amigos, ao ginásio, aos livros...
Não sei quanto tempo de vida me resta mas há alguém que saiba? A alternativa a uma vida activa e com qualidade não é elegível pelo menos por agora. Não me vejo a "chorar pelos cantos" embora tenha necessidade de momentos só meus em que a tristeza aparece. Não abdico do meu direito a sentir-me eu própria e isso, às vezes, inclui lágrimas, mas eu não sou a doença! Eu sou eu e, por acaso, tenho um cancro.
Resta-me uma palavra de reconhecimento a todos os profissionais que me têm acompanhado. Bem-hajam.
Em 2013 fui operada aos pulmões por causa de metástases que surgiram entretanto. Mais quimio e mais incertezas....
Hoje em dia, aprendi a não tomar nada como garantido. Continuo com os tratamentos de quimio e as metástases vão aparecendo e desaparecendo. Confio inteiramente nos médicos que me acompanham. Vou buscar força à família, aos amigos, ao ginásio, aos livros...
Não sei quanto tempo de vida me resta mas há alguém que saiba? A alternativa a uma vida activa e com qualidade não é elegível pelo menos por agora. Não me vejo a "chorar pelos cantos" embora tenha necessidade de momentos só meus em que a tristeza aparece. Não abdico do meu direito a sentir-me eu própria e isso, às vezes, inclui lágrimas, mas eu não sou a doença! Eu sou eu e, por acaso, tenho um cancro.
Resta-me uma palavra de reconhecimento a todos os profissionais que me têm acompanhado. Bem-hajam.
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