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Rita Frade

30 anos Pâncreas, 2014, Familiar
No início de abril de 2014, o meu pai, médico de 55 anos, ligou-me e disse que lhe tinha sido diagnosticado um tumor de pâncreas, maligno mas operável.

Dia 9 foi operado durante 12 horas. Correu bem mas o pós-operatório foi bastante complicado com um mês de cuidados intensivos e duas idas ao bloco.

Cerca de 1 mês depois foi para casa onde melhorou um pouco. Seguiram-se 7 meses de quimioterapia com o mau estar associado.

2015 foi um ano bom, e até setembro esteve muito bem. Em setembro soubemos que estava mestastizado, principalmente nos pulmões, com o pior tipo de metástases que poderiam ter aparecido.

2016 e 2017 foram dois anos intensos de várias quimioterapias muito sofridas.

Morreu dia 1 de julho de 2018, durante a noite, depois de um dia com muita falta de ar, nos cuidados paliativos.

Passaram 4 anos e 4 meses desde o dia da primeira operação. Tinham-lhe dado poucos meses de vida. A postura e garra que teve foram os fatores que o fizeram viver tanto. Foi um herói apesar de todo o sofrimento pelo qual ninguém deveria passar.

Nos últimos 2 meses perdeu a autonomia na totalidade, foi uma espera inglória.

Tudo começou com uma dor na zona abdominal. Como tinha uma colite ulcerosa e era médico estava alerta.

Há tumores como este que, ainda que operáveis, têm uma grande probabilidade de reincidência. No entanto, há quem consiga viver alguns anos com alguma qualidade de vida como o meu pai viveu. Foram anos muito valiosos.

Muita força a todos.
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