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Rosi Gomes
47 anos Colo do Útero, Doente Não posso deixar de dizer algo que pode não ser tão breve, mas que cada linha dê mais força a todos os que a leem que a anterior! Já vivi um carcinoma de grau 4 no colo do útero, há uns anos e, na altura, devido à gravidade, após a remoção da área afetada, fui observada durante três longos anos no IPO; tive agora reincidência de grau 2; fui operada no dia 30 de dezembro de 2010 e a minha cicatriz já está óptima. Hoje estou no fim de uma nova recuperação e, graças a Deus, sempre com toda a força do mundo para batalhar por mim e por familiares - perdi há 4 anos o meu pai (Cancro de Pulmão) e dois meses depois dele o meu segundo pai, um tio fabuloso (Cancro de Intestinos), uma prima do meu marido (Cancro de Mama, galopante, sobreviveu três meses); tive há dois meses e meio um amigo que não sobreviveu (Cancro de Pâncreas). Uma irmã do meu marido e uma prima minha também tiveram cancro de mama - Graças a Deus estão vivas e são muito batalhadoras! Devido à doença dessa minha cunhada, (cancro de mama e ao facto de a minha sogra ter ainda Alzheimer), o meu sogro não resistiu ao sofrimento e dia 12 de outubro de 2009, dia do seu aniversário, falece do coração às 23:30 horas! De lá para cá tenho tido o meu marido muito deprimido com tudo isto! Como se vê, não é nada fácil! Tenho na minha família uma predominância muito grande de cancro e talvez por isso me sinta com vontade de gritar bem alto que é preciso dar voz a quem luta e lutar com eles, nem que seja a correr pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, que é o que tenho feito mais. Sei que, de facto, não sou igual a muitas pessoas que ficam arrasadas com o facto de terem cancro! E, com todo o respeito que me é devido aos que sofrem, deixo aqui desde já o meu apoio para que lutem! Digo: sei que não é fácil e, talvez devido a muitas circunstâncias da minha vida (passei uma guerra civil, onde literalmente corri à frente de bala, por três vezes, perdi todos os amigos de infância, cheguei a Portugal com uma mão à frente e outra atrás, como se costuma dizer, e vi os meus pais trabalharem muito duro para termos uma vida mais decente e, para finalizar esta confusão numa cabeça de criança de onze anos, é detetada à minha mãe doença de Addison, uma das raríssimas!). E este desabafo serve apenas para dizer que aprendi a ter muita força nos momentos difíceis da minha vida e, queira Deus que essa força que Ele me dá todos os dias seja sempre fortalecida através de todas as pessoas com quem partilho estas vivências e que procuro ajudar! É que, como eu costumo dizer aos meus amigos, cada dia que nasce é uma nova bênção para mim e não é para desperdiçar! Posso dizer que tenho falado com imensas senhoras e jovens que têm partilhado as suas experiências e encontro sempre gente muito forte que encoraja e fortalece outros e é essa força que venho adquirindo e trabalhando cada vez mais e quero deixar a quem precisar! Lutem sempre, pois esta doença não pode ter tréguas, nem fraquezas! E digo mais: Deus é bem grande e tem-me ajudado a vencer muitos obstáculos e, se Ele é por mim, quem será contra mim? Posso até estar um pouco abatida, por vezes, mas n'Ele busco a minha força e encontro, posso testemunhar! Um abraço bem forte de encorajamento a todos(as) que tenham lido esta mensagem que, como disse, não iria ser curta, pois queria que fosse forte! E se eu puder ajudar alguém com ela, que bom será! Grande abraço para a Liga, por tudo o que tem feito e ainda fará por todos os que a procuram! Eu vivi hoje mais um dia, com alegria, pois assim Deus o permitiu, e continuarei a procurar fazê-lo por todos os que necessitem! Carpe Diem! Que Deus muito vos abençoe a todos os que estão em sofrimento e aos que lutam por melhorar as condições de vida dos doentes!
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