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Rui Miguel Cerqueira Martins

27 anos Osso, 2002, Doente
Faz hoje 11 anos. Aos 16 anos apareceu-me a maior barreira da minha vida. Apareceu-me um cancro, numa altura em que os sonhos parecem ser fáceis e que tudo depende da nossa vontade. A verdade é que a nossa vontade não é tudo. O sonho de ser atleta de meio fundo e fundo, que já existia há muitos anos, caiu tão rápido como um simples desligar de uma lâmpada. A força de vontade em ultrapassar essa barreira foi difícil mas conseguida. Na altura prometi a mim mesmo não desistir e a prova disso é que iria fazer uma maratona, demorasse o tempo que demorasse a preparar-me. Em outubro de 2012 arrisquei e consegui fazer a maratona, um dos objetivos da minha vida. Hoje, com o meu testemunho e sem vergonha de dizer que tive cancro, ajudo outras pessoas que tiveram e têm a mesma doença. O atletismo é uma das paixões da minha vida, tenho muito a agradecer ao atletismo porque foi uma das maiores motivações para ultrapassar a doença. Continuo a fazer provas ao meu ritmo e tenho a sorte de estar a dar treino num clube que me aceitou, deu-me oportunidade para aprender e passar a palavra aos mais jovens. Não posso esquecer de agradecer aos meus pais, pois eles lutaram comigo e fizeram-me acreditar que a vida é perder umas coisas e ganhar outras.Sou feliz, tenho a melhor esposa do mundo, vou ser pai brevemente, trabalho na área que mais gosto. Podia ser diferente... podia... mas não era a mesma coisa. O cancro pode não ser o fim mas é, com certeza, uma mudança de vida.
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