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Rute Chamiço

35 anos Pâncreas, 2012, Familiar
O meu pai era hipertenso. E, por isso, muito lamechas! Tinha medo de morrer! Quando, no mês de julho do ano passado, começou a queixar-se de uma forte dor nas costas acabámos por desvalorizar um pouco. Longe de imaginarmos que, agora sim, estava gravemente doente. Ainda fizemos férias juntos, no mês de agosto, embora no meio de muitas massagens, comprimidos e idas ao centro de saúde e hospital. Bicos de papagaio, hérnia, entre muitos outros diagnósticos! Na verdade, e depois de realizar uma TAC, a médica de família acabou por encaminhá-lo para uma consulta no IPO, onde lhe foi logo diagnosticado um linfoma. Depois de uma semana de internamento e outros exames realizados, chegou a certeza de que não se tratava de um linfoma, mas de um tumor no estômago ou pâncreas! O nosso mundo voltou a desabar! Mas, a esperança continuou a acompanhar-nos, talvez pela inesperada tranquilidade do meu pai. Infelizmente, o meu pai acabou por partir, nos nossos braços, uma semana depois e sem sequer concluir os exames, sem sequer conseguirmos perceber o que tinha... Na verdade, isso pouco importa... Apesar da imensa saudade e da dor gigantesca que a sua ausência nos deixou, sinto que é obrigatório acreditar sempre e que realmente na vida, importa cada dia e todo o amor que damos aos outros, sempre e em todos os momentos! Foi assim que vivi com o meu pai, mesmo nos momentos em que os nossos caminhos não se cruzaram. Foi assim que o meu pai e a minha mãe nos educaram, amar o próximo, viver com humildade, valorizar as relações entre as pessoas. Por tudo isto, o meu pai continua vivo, naquilo que sou!
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