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sérgio miguel pinho souto

29 anos Ovário, 2011, Familiar
Foi detetado há um ano carcinomatose peritoneal à minha mãe, o cancro primário era no ovário e depois passou para o peritoneu, ficando com uma barriga que parecia uma grávida. No início foi um choque quando li o relatório da ressonância e, após vir à internet e pesquisar aqueles termos técnicos, percebi que se tratava de uma fase avançada de cancro e que as probabilidades de sobrevivência são muito baixas. Não nego que me fui bastante abaixo, chorando muito, pois a minha mãe é o meu pilar, já que não tenho pai desde miúdo, e a minha mãe foi sempre uma lutadora criando 5 filhos. Como trabalho e estudo na faculdade fiquei completamente sem saber o que fazer, só queria ajudá-la, estar com ela e dar-lhe todos os dias o meu apoio. Queria fazer uma pausa nos estudos, pois a minha missão é dar-lhe todo o meu apoio, comuniquei-lhe a minha decisão e ela simplesmente quis que eu continuasse, disse que a maior força que lhe podia dar era continuar a minha vida normal. Foi submetida a 6 sessões de quimioterapia. Ficou-me na imagem o primeiro dia em que ela fez quimioterapia, no dia 27 de maio, dia dos meus anos, e também assistir à queda do cabelo, foi bastante forte aquele impacto e mexeu bastante comigo, mas desde aí fui buscar forças que nem eu próprio sabia que tinha, e desde aí nunca mais chorei, e tento ir com ela às sessões... Há cerca de 2 meses foi operada tirando os ovários, o útero, mas infelizmente já estava com nódulos nos intestinos e fígado... Esta semana vai recomeçar a quimioterapia, não é por ser minha mãe mas tem sido uma força da natureza, não desisto de lutar apesar do diagnóstico ser péssimo, com isto tudo tornei-me forte e cada vez mais sinto orgulho na mãe que tenho, para mim sem dúvida é um exemplo de vida.
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