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Sofia

28 anos Colo-Rectal (Intestino), 2010, Familiar
Perdi o meu pai no dia 27 de abril de 2010. Ainda hoje sofro muito com a sua partida, não estava a espera de perder o meu pilar tão cedo e tão depressa, não deu tempo para nos despedirmos, de lhe dizer o quanto o amo e continuo a amar... Em agosto de 2009, o meu pai perde o trabalho com 40 anos de casa e vem embora sem nada, em setembro dá-lhe uma dor na anca, e depois de irmos ao médico de família, fazer exames, de irmos ao médico particular, inclusive ao hospital, só lhe diagnosticaram artroses, dor ciática. Em outubro fizemos exames de rotina e estava tudo bem (tirando as dores que continuavam). No dia 26 de dezembro voltámos ao hospital com uma dor na costela/braço direito, voltaram a afirmar que não era nada de grave (e o mal já lá estava). No dia 25 de janeiro fomos a um ortopedista, contamos como o meu pai era ativo antes de lhe dar estas dores, pediu-me para lhe marcar uma tac com muita urgência, mas não me disse o que já desconfiava. Na tarde do dia 26 de janeiro de 2010 o meu pai não se sentiu bem e levei-o ao hospital, o médico pediu-me os exames de rotina e quando lhos entreguei pediu-me a colonoscopia, disse-lhe que não tinha, ficou internado e no dia 28 de janeiro veio o diagnóstico: cancro no intestino e com metástases ósseas. Foi um dos piores dias da minha vida, juntando às 3 operações que o meu pai fez e que todas correram mal, e o sofrimento pela qual passou em apenas 3 meses. Foi horrível ver o meu pai sofrer tanto e eu não poder fazer nada, embora o tenha acompanhado sempre, no dia da partida estive com ele, (esteve em coma 4 dias com uma pneumonia) à hora de almoço (sentia que tinha de o ver, de lhe tocar) e às 19h voltava para junto dele como fazíamos todos os dias, eu e os meus manos, desde que deu entrada nesta batalha. Nesse dia sentimos que esperou por um de nós (como o fazia sempre) para não partir sozinho. Foi quando o meu mano chegou que o coraçãozito bateu mais forte e partiu... Estou muito orgulhosa do pai que tenho, sofreu muito... (sem o merecer, pois sempre foi muito bom) sim, porque para mim está sempre vivo no meu coração, não passa um dia em que não me lembre dele várias vezes... Adoro-te Pai... É de louvar os testemunhos das pessoas que por aqui passaram e que conseguiram superar esta doença.
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