Voltar

Vânia

23 anos Colo-Rectal (Intestino), 2016, Familiar
Em Novembro e 2016 foi diagnosticado cancro à minha mãe. Posso dizer que foi sem dúvida o pior dia da minha vida, o mundo desabou, fiquei sem chão, sem ânimo seja para o que for, acho que só quem ouve de um médico “a sua mãe tem cancro” sabe os efeitos que isso tem em nós!
Os dias que se seguiram foram horríveis, a minha família ficou completamente perdida, sem rumo e sem saber qual o passo a dar a seguir.
No que diz respeito ao atendimento médico, foi tudo muito rápido, na mesma semana tivemos logo a primeira consulta, fomos recebidas por pessoas excelentes, profissionais impecáveis e que sabem exatamente aquilo que precisamos de ouvir para levantar a cabeça, arregaçar as mangas e começar a lutar.
Assim foi, começamos a enfrentar a doença de frente, com receio, mas sem medo. Metade da cura desta maldita doença está relacionada com o estado psicológico do doente, pelo que eu e toda a família tentamos diariamente transmitir à minha mãe que o cancro não vai ser mais forte do que ela, que não vai passar de uma fase má nas nossas vidas, uma vivência que vai ter um final feliz. E acreditem, isso reflete-se na maneira como a minha Mãe está a enfrentar a doença, está sempre com um sorriso, com uma força enorme para lutar e, quando as pessoas ligam a perguntar como é que ela se encontra no fim de mais um dia de tratamentos, fico cheia de orgulho quando a ouço responder “Eu vou ser mais forte, eu vou vencer”!
Sei que a nossa luta ainda está a começar, que ainda vamos ter muito pela frente, mas eu só quero transmitir ás pessoas que acabaram de receber a noticia de que o cancro entrou na vida delas que agora no exato momento em que a noticia chega, ficamos sem nada, perdidos e a achar que a nossa vida acabou, mas é necessário enfrentar a doença de frente, não baixar a cabeça e lutar, acreditar que é possível ganhar esta batalha. Gostava de transmitir aos familiares da pessoa com o problema, que não o abandonem, que façam desta luta uma luta vossa também, mostrem que estão ao seu lado sempre, nos dias bons e nos dias maus, porque não é uma luta só do doente, mas sim de todos aqueles que o amam!
Voltar

Outros Testemunhos

  • Em setembro de 2009 foi-me diagnosticado cancro no intestino, depois de muitos dias de internamento no hospital (...). Em novembro do mesmo ano fui...Celina Rodrigues, 53 anos, Colo-Rectal (Intestino), 2009Ler mais
  • O meu testemunho não tem um final feliz, mas não queria deixar de homenagear a coragem de um pai que mesmo contra todos os diagnósticos nunca acreditou...Andreia Pires, 29 anos, Colo-Rectal (Intestino), 2010Ler mais
  • O fim do mundo para mim aconteceu no dia 26 de Abril de 2008... Foi diagnosticado à minha mãe uma neoplasia primária oculta com metastização...Andreia Rocha, 31 anos, Colo-Rectal (Intestino), 2008Ler mais
  • O meu Pai foi diagnosticado aos 56 anos, num dia de festa que deveria ter sido muito feliz. Chorei (choramos) tudo o que havia para chorar naquele dia e...Teresa, 31 anos, Colo-Rectal (Intestino), 2011Ler mais
  • Aos 17 anos eu e a minha irmã fizemos um teste genético devido aos vários casos de cancro do intestino na família. Aí foi...Lúcia Marçal, 26 anos, Colo-Rectal (Intestino), 2014Ler mais
  • Foi-me diagnosticado um adenocarcinoma no colón, no dia 1 de setembro de 2008, tinha 28 anos! Fiquei em estado de choque, nós pensamos sempre que acontece...Mafalda, 30 anos, Colo-Rectal (Intestino), 2008Ler mais
Apoios & Parcerias