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VANIA MONICAMAGALHAES FERREIRA

28 anos Mama, 2010, Doente
Olá, sou a Vânia e espero que com o meu testemunho possa ajudar algumas pessoas! Numa manhã, quando me espreguiçava ao sair da cama encontrei um papinho na mama. A minha cabeça ficou a andar a mil, o que será isto? Foi a pergunta que ficou a pairar todo o dia. Fui ao médico, fiz exames e estava tudo bem, só tinha que fazer uma biópsia para ter a certeza do que era mas estava tudo bem. Na consulta com o médico da especialidade, este diz que não era preciso fazer biópsia mas que fico na lista de espera para tirar o papinho (que fica mesmo por debaixo da mama) para não me incomodar. Pois passa uma semana, e outra e mais outra e nada! Ninguém me chama. Com o tempo a passar, o papinho começou a ficar escuro! Preocupada procurei outra vez o médico da especialidade que quando me viu ficou admirado. Fui operada no dia a seguir, com uma certa urgência. Quando falei com o médico sobre a operação ele diz que correu tudo bem, mas que estava preocupado porque o papinho (nódulo) já estava a ficar podre! Dias de curativos, uns atrás dos outros mas, para ser sincera, nunca pensei em cancro. Fiquei à espera dos resultados e nunca mais chegavam. Aí a preocupação começou a crescer, o medo começou a invadir os meus dias. Finalmente chegaram os resultados: cancro grau 3. Caiu uma bomba! "Mas como pode ser?" foi a primeira pergunta. Os resultados demoraram porque devido à minha idade é raro ter cancro da mama, por isso demoraram tanto os resultados dos exames. Ok! E agora o que faço? Sou mãe, tenho três filhotes (um menino com 6 anos e um casal de gêmeos com 1 ano), sou esposa, dona de casa… Tive que ser operada outra vez, tudo correu bem. Fiz quimioterapia e agora estou a fazer radioterapia. No meio deste furacão que caiu na minha vida fiquei a ganhar, nunca a perder, tomo conta dos meus filhos com ajuda dos meus familiares porque sozinha nunca conseguiria. Todos os dias me deito a pensar que este dia já era, agora só espero pelo de amanhã. A minha força veio dos meus filhos, precisam de mim, só esse pensamento fez com que nunca me deixasse atormentar pela doença. Temos que lutar pela nossa vida e pensar que de alguma maneira fazemos falta aos outros. Por isso peço, a quem esteja a ler este testemunho, seja doente, familiar, não se deixem desmotivar, isto apenas é um capítulo das nossas vidas. Desejo as melhoras para todos! Um bem-haja!
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