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Vera Pereira

29 anos Mama, 2006, Familiar
Foi em 2006 que foi diagnosticado à minha mãe um cancro maligno da mama. O choque da notícia foi enorme mas com muito apoio da minha parte, ela superou este choque e ganhou forças para realizar a mastectomia total. Depois da primeira operação teve de ser submetida novamente a cirurgia, pois ainda existia uma recidiva. Mais uma vez contou com o meu apoio e nunca quis fazer reconstrução com receio de rejeição. Começou então a ser seguida no serviço de Oncologia, tendo diversas consultas, tratamentos de radioterapia e injetáveis devido às metástases presentes nos ossos. Até há 2 anos tudo andava bem, até que as entradas nas urgências do Hospital começaram a ser constantes. Nesta altura andava eu grávida do meu filho e uma médica disse-me, com algum receio devido ao meu estado, que o caso era mais grave do que eu pensava pois o cancro já se tinha espalhado. Em junho de 2011, depois do dia de aniversário da minha mãe, ela teve de dar entrada novamente no Hospital e o médico das urgências disse-me que no máximo lhe dava 6 meses de vida. Isto, claro, foi um choque porque pensei que ela já tinha superado a parte pior. A partir daí foi o contar dos meses, dos dias e das horas. O estado dela piorou de tal maneira que em casa não lhe conseguia controlar as dores e teve de ficar internada sob o olhar atento dos médicos dos Cuidados Paliativos. Estes médicos conseguiram arranjar uma vaga nos Cuidados Paliativos do IPO e foi lá que ela acabou por falecer. No seu último mês de vida teve toda a assistência que necessitava para que não tivesse dores. Mas o meu sofrimento aumentava a cada dia que passava com o receio que o telefone tocasse a dar a notícia que tinha falecido. Pois isto aconteceu no dia 8 de dezembro de 2011 pelas 12h30. Foi um choque e uma etapa muito difícil de ultrapassar porque toda a minha vida foi sempre passada ao lado dela, visto que nunca tive um “pai presente”. Acho que a minha força para superar tudo isto é o meu filho que, embora pequeno, está sempre do meu lado para me animar. Boa noite. O meu nome é Vera e venho, por este meio, apresentar o meu testemunho da minha vivência com o cancro. Foi em 2006 que foi diagnosticado à minha mãe um cancro maligno da mama. O choque da notícia foi enorme mas com muito apoio da minha parte ela superou este choque e ganhou forças para realizar a mastectomia total. Depois da 1ºoperação teve de ser submetida novamente a cirúrgia pois ainda existia uma recidiva. Mais uma vez contou com o meu apoio e nunca quis fazer reconstrução com receio de rejeição.Começou, então a ser seguida no serviço de Oncologia do Hospital de São João, tendo diversas consultas, tratamentos de radioterapia e injectáveis devido às metástases presentes nos ossos. Até à 2 anos tudo andava bem, até que as entradas nas urgências do Hospital de São João começaram a ser constantes. Nesta altura andava eu grávida do meu filho e uma médica disse-me, com algum receio devido ao meu estado, que o caso era mais grave do que eu pensava pois o cancro já se tinha espalhado. Em Junho de 2011, depois do dia de aniversário da minha mãe, ela teve de dar entrada novamente no Hospital e o médico das urgências disse-me que no máximo lhe dava 6 meses de vida. Isto, claro, foi um choque porque pensei que ela já tinha superado a parte pior.A partir daí foi o contar dos meses, dos dias e das horas... O estado dela piorou de tal maneira que em casa não lhe conseguia controlar as dores e teve de ficar internada no São João sobre o olhar atento dos médicos dos Cuidados Paliativos (Dr. Conceição e Dr. Carlos).Estes médicos consegiram arranjar uma vaga nos Paliativos do IPO-Porto e foi lá que ela acabou por falecer. No seu último mês de vida teve toda a assistência que necessitava para que não tivesse dores. Mas o meu sofrimento aumentava a cada dia que passava com o receio que o telefone tocasse a dar a notícia que tinha falecido. Pois isto aconteceu no dia 8 de Dezembro de 2011 pelas 12h30. Foi um choque e uma etapa muito difícil de ultrapassar porque toda a minha vida foi sempre passada ao lado dela visto que nunca tive `pai presente`. Acho que a minha força para superar tudo isto é o meu filho que, embora pequeno, está sempre do meu lado para me animar.Aproveito desde já para agradecer a todos os médicos e enfermeiros do Hospital de São João e também aos médicos e enfermeiros dos Cuidados Paliativos do IPO-Porto que fizeram de tudo para que ela tivesse uma partida o mais descansada e sem dores possível.OBRIGADAVera
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