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Vitor Silva

34 anos Colo-Rectal (Intestino), 2010, Doente
Sou o Vítor e, com 32 anos, foi-me diagnosticado cancro colo-rectal, a incidência estava localizada a 4 cm do anel rectal ou esfíncter, e a previsão não era a melhor, já estaria em desenvolvimento sem qualquer sintoma há bastante tempo, foi classificado como T3N2(+), pois já apresentava metástases no fígado. A palavra cancro de pequeno só tem a palavra em si, na forma como se escreve, pois é de uma enormidade incrível pelo mundo fora, seja qual for a idade. No princípio o meu médico receitava laxantes e medicação para a flora intestinal desregulada, até que mudei de médico, que de imediato me fez um despiste através de um clister opaco de contraste, seguido de TAC, ressonâncias, tomografias, colonoscopias, enfim, uma série infindável de exames; os primeiros foram para confirmação da doença e outros no sentido de avaliar o estado, evolução, e forma de combate. Iniciei quimioterapia por comprimidos, radioterapia em março de 2010, coloquei um cateter no peito em maio e fui operado em junho ao reto. (…) Em janeiro de 2012 fui operado ao fígado, de onde retiraram três metástases (…). Os prognósticos começavam a melhorar, numa conversa com o meu cirurgião, ele respondeu à pergunta fatal de um doente oncológico: “Qual o prognóstico Sr.Doutor?”, “Agora bem melhor Vítor, no princípio eu mesmo tinha dúvidas, hoje penso que o pior já passou, embora a guerra ainda seja dura daqui para diante”. Reconfortantes as suas palavras, encorajadoras no mínimo, depositava toda a minha fé neste homem. (…) Desde os auxiliares, aos médicos, passando logicamente pelos excelentes enfermeiros, para todos o meu muito obrigado. Porém isto não acabou, após umas sessões de quimioterapia fui dado como curado clinicamente (…). Iniciei a fase de controlo, exames mensais no sentido de não se perder o controlo da situação. A capacidade física é muito importante no combate ao cancro, no entanto o psicológico é fundamental. Já em 2012 recebi por três vezes a notícia de cancro, depois eram somente uns sustos, até que em março deste ano à quarta vez se confirmou o pior, a doença tinha voltado. Neste momento estou a fazer quimioterapia para ser submetido a nova cirurgia para retirar novas metástases hepáticas. Não sou um vencedor, sou um guerreiro, mas espero passar para o lado dos finalistas vencedores, pois tenho uma filha com 6 anos e não quero que se lembre do pai por meras fotografias. Força para todos!
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