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Estudo do Núcleo do Centro da LPCC evidencia satisfação das mulheres com o Rastreio de Cancro da Mama
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC) apresentou, hoje (16), o resultado do estudo “Avaliação da perceção das utentes quanto à participação no Programa de Rastreio de Cancro da Mama”.
Além de outras conclusões importantes, o estudo evidencia que 99,7% das mulheres está satisfeita com a participação no programa de rastreio, no entanto, cerca de 1/3 das mulheres considera que o medo de descobrir algo de errado pode ser uma barreira à participação no rastreio.
O estudo foi desenvolvido pelo NRC.LPCC em parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra – em particular, pelo investigador responsável pelo estudo, Prof. Doutor Bruno de Sousa -, envolvendo, ao todo, 21 investigadores, nomeadamente da Universidade de Coimbra, do NRC.LPCC, da Universidade de Göttingen (Alemanha) e da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).
Esta análise avaliou, de um modo geral, a perceção quanto à participação das utentes no Programa de Rastreio de Cancro da Mama, concluindo, entre outros aspetos, que:
- Mais de 20% das mulheres tem uma perceção inadequada da importância dos exames de saúde;
- Maioria das mulheres não perceciona grandes barreiras à participação no programa de rastreio;
- Uma percentagem ainda significativa de mulheres (43,3%) parece não reconhecer os benefícios da mamografia ao nível da realização de tratamentos menos invasivos caso seja descoberto um nódulo;
- A grande maioria das mulheres que participaram no programa de rastreio parece não manifestar consequências negativas a nível emocional e comportamental após a convocatória e após a realização da mamografia até ao conhecimento do resultado;
- Ter a certeza de um resultado negativo, quer na mamografia quer na consulta de aferição, traz uma maior sensação de segurança e permite que as participantes se sintam mais relaxadas;
- Cerca de 1/3 das mulheres considera que o medo de descobrir algo de errado pode ser uma barreira à participação no rastreio;
- 99,7% das mulheres diz-se satisfeita, de um modo geral, com a participação no programa de rastreio.
O cancro da mama é um problema de saúde pública com elevada incidência e taxa de mortalidade, sobretudo na mulher. Em Portugal, estima-se que em 2020 tenham sido diagnosticados cerca de 7.000 novos casos e 1.800 mortes provocadas por este tipo de cancro (Globocan, 2023). A prevenção secundária destaca-se como a principal arma na redução da mortalidade por cancro da mama, seja numa perspetiva individual - de deteção precoce -, seja numa perspetiva coletiva - o rastreio populacional. O principal objetivo do rastreio consiste em reduzir a mortalidade por cancro da mama, podendo ser definido como a aplicação de um teste para identificar precocemente a doença assintomática.
Perante este panorama, o NRC.LPCC realizou um estudo que avaliou a perceção quanto à participação das utentes no Rastreio de Cancro da Mama, considerando uma amostra de mulheres que participaram neste Programa realizado pelo NRC.LPCC, de março de 2020 a novembro de 2021, uma recolha de dados que, segundo um dos investigadores e, também, psicólogo clínico do NRC.LPCC, Dr. Tiago Paredes, “revelou-se muito difícil uma vez que foi feita em tempo de pandemia”.
Já à margem da sessão, em declarações à Comunicação Social, o presidente do NRC.LPCC, professor Vítor Rodrigues, frisa que, apesar dos números apresentados não serem maus, há um caminho a percorrer que passa, nomeadamente, “pela sensibilização, no sentido destas mulheres terem cada vez menos medo. Há ainda aquela ideia de «eu não tenho nada, portanto, não preciso», há algum desleixo e é preciso ter, cada vez mais, uma cultura da saúde e não uma cultura da doença. O benefício é diagnosticar mais cedo, mas o problema é que se for para tratar da saúde não queremos saber muito e se é para tratar a doença é para o dia anterior. É quase um «pecado» não aproveitar algo que é fornecido gratuitamente”, conclui.
A secretária-geral da Direção do NRC.LPCC, Dra. Natália Amaral, aproveitou, ainda, para realçar que “todas as mulheres convocadas para a consulta de aferição são abordadas previamente por um psicólogo do NRC.LPCC, uma ação que pode diminuir o medo do rastreio evidenciado por algumas mulheres”.
[Na foto: Prof. Doutor Bruno Sousa, Dra. Natália Amaral, Prof. Doutor Vítor Rodrigues e Dr. Tiago Paredes]
O estudo foi desenvolvido pelo NRC.LPCC em parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra – em particular, pelo investigador responsável pelo estudo, Prof. Doutor Bruno de Sousa -, envolvendo, ao todo, 21 investigadores, nomeadamente da Universidade de Coimbra, do NRC.LPCC, da Universidade de Göttingen (Alemanha) e da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).
Esta análise avaliou, de um modo geral, a perceção quanto à participação das utentes no Programa de Rastreio de Cancro da Mama, concluindo, entre outros aspetos, que:
- Mais de 20% das mulheres tem uma perceção inadequada da importância dos exames de saúde;
- Maioria das mulheres não perceciona grandes barreiras à participação no programa de rastreio;
- Uma percentagem ainda significativa de mulheres (43,3%) parece não reconhecer os benefícios da mamografia ao nível da realização de tratamentos menos invasivos caso seja descoberto um nódulo;
- A grande maioria das mulheres que participaram no programa de rastreio parece não manifestar consequências negativas a nível emocional e comportamental após a convocatória e após a realização da mamografia até ao conhecimento do resultado;
- Ter a certeza de um resultado negativo, quer na mamografia quer na consulta de aferição, traz uma maior sensação de segurança e permite que as participantes se sintam mais relaxadas;
- Cerca de 1/3 das mulheres considera que o medo de descobrir algo de errado pode ser uma barreira à participação no rastreio;
- 99,7% das mulheres diz-se satisfeita, de um modo geral, com a participação no programa de rastreio.
O cancro da mama é um problema de saúde pública com elevada incidência e taxa de mortalidade, sobretudo na mulher. Em Portugal, estima-se que em 2020 tenham sido diagnosticados cerca de 7.000 novos casos e 1.800 mortes provocadas por este tipo de cancro (Globocan, 2023). A prevenção secundária destaca-se como a principal arma na redução da mortalidade por cancro da mama, seja numa perspetiva individual - de deteção precoce -, seja numa perspetiva coletiva - o rastreio populacional. O principal objetivo do rastreio consiste em reduzir a mortalidade por cancro da mama, podendo ser definido como a aplicação de um teste para identificar precocemente a doença assintomática.
Perante este panorama, o NRC.LPCC realizou um estudo que avaliou a perceção quanto à participação das utentes no Rastreio de Cancro da Mama, considerando uma amostra de mulheres que participaram neste Programa realizado pelo NRC.LPCC, de março de 2020 a novembro de 2021, uma recolha de dados que, segundo um dos investigadores e, também, psicólogo clínico do NRC.LPCC, Dr. Tiago Paredes, “revelou-se muito difícil uma vez que foi feita em tempo de pandemia”.
Já à margem da sessão, em declarações à Comunicação Social, o presidente do NRC.LPCC, professor Vítor Rodrigues, frisa que, apesar dos números apresentados não serem maus, há um caminho a percorrer que passa, nomeadamente, “pela sensibilização, no sentido destas mulheres terem cada vez menos medo. Há ainda aquela ideia de «eu não tenho nada, portanto, não preciso», há algum desleixo e é preciso ter, cada vez mais, uma cultura da saúde e não uma cultura da doença. O benefício é diagnosticar mais cedo, mas o problema é que se for para tratar da saúde não queremos saber muito e se é para tratar a doença é para o dia anterior. É quase um «pecado» não aproveitar algo que é fornecido gratuitamente”, conclui.
A secretária-geral da Direção do NRC.LPCC, Dra. Natália Amaral, aproveitou, ainda, para realçar que “todas as mulheres convocadas para a consulta de aferição são abordadas previamente por um psicólogo do NRC.LPCC, uma ação que pode diminuir o medo do rastreio evidenciado por algumas mulheres”.
[Na foto: Prof. Doutor Bruno Sousa, Dra. Natália Amaral, Prof. Doutor Vítor Rodrigues e Dr. Tiago Paredes]
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