3. Cantinho da Escola

Cantinho da Escola

O papel dos Professores no "Os Super Saudáveis"

O/a professor/a tem um papel importante na integração de hábitos alimentares saudáveis, na rotina da criança. O Os Super Saudáveis pretende constituir um recurso pedagógico que possa facilitar e tornar mais bem-sucedida, esta importante missão.

No Os Super Saudáveis, para além do consumo do alimento, é essencial que as crianças aprendam mais sobre o mesmo e os seus benefícios. Esse é um papel educativo, que os/as professores deverão assumir. A caderneta que o aluno recebe ao iniciar o projeto, é um importante roteiro para o conhecimento dos alimentos.  Em cada página, aprende-se mais sobre o alimento, mas obtém-se, também, importantes dicas para o consumo do mesmo. No entanto, é preciso notar que todo o projeto remete para a Roda dos Alimentos e para a importância da diversidade alimentar. 

Caberá, ainda, ao/à professor/a a verificação do consumo do alimento e a distribuição das respetivas cartas, quando ocorre esse consumo. Toda a motivação e incentivo são bem-vindos.
A consolidação do projeto, através da criação de dinâmicas educativas próprias é um toque de magia que só os professores sabem dar. Como exemplo, do que já ocorreu: desfile de Carnaval com o tema Os Super Saudáveis; criação de uma horta pedagógica; música Os Super saudáveis, entre tantas e tantas outras boas ideias! 

Educação alimentar

Mesmo para as crianças que frequentam a educação pré-escolar, a alimentação é um tema familiar porque faz parte das suas vidas e das suas rotinas. Em muitas famílias é mesmo um tema de que se fala de modo habitual. E as crianças vão (re)conhecendo os diferentes alimentos, as suas texturas e os contextos nos quais são consumidos. Apesar de familiar, e do reconhecido impacto dos hábitos alimentares na saúde, o facto é que nem sempre, as práticas alimentares são as mais corretas. 

O Referencial de Educação para a Saúde assume a educação alimentar como um tema central, a ser trabalhado a partir da educação pré-escolar e até ao ensino secundário. No referido referencial, o tema surge organizado em 8 subtemas: i) Alimentação e influências socioculturais; ii) Alimentação, nutrição e saúde; iii) Alimentação e escolhas individuais; iv) O Ciclo do alimento – do produtor ao consumidor; v) Ambiente e alimentação; vi) Compra e preparação de alimentos; vii) Direito à alimentação e segurança alimentar; viii) Alimentação em meio escolar.

O tema alimentação/saúde é bastante abrangente. A integração dos tópicos relacionados com este tema, nos programas das várias áreas curriculares (disciplinares e não disciplinares) deve obedecer a um trabalho prévio. É importante ter em mente que a Educação para a Saúde envolve conhecimentos, no entanto, a componente emocional e de competências é fundamental. Um ambiente promotor da saúde, um espaço de refeições agradável, o fornecimento de uma alimentação saudável, mas atrativa e divertida, o incentivo para a prática de atividade física, são aspetos que ultrapassam a parede da sala de aula, e que não podem ser esquecidos. É importante que o aluno seja capaz de definir metas para o seu próprio estilo de vida e que tenha consciência das influências a que todos estão sujeitos. Capacitar para uma alimentação saudável, é capacitar para fazer escolhas conscientes.

Princípios da alimentação saudável 

Existem provas consolidadas de que é possível reduzir o risco de cancro adotando uma postura saudável em relação à alimentação e à atividade física.  O regime alimentar saudável que contribui para proteger contra o cancro é semelhante ao recomendado para prevenir outras doenças, como a diabetes. Assim sendo, trata-se de promover a saúde e prevenir as doenças não transmissíveis através da alimentação!

O estilo de vida, incluindo o regime alimentar, é reconhecido como determinante do risco de cancro. Além do papel significativo que a dieta desempenha no excesso de peso e obesidade, um fator de risco para vários tipos de cancro, a investigação tem vindo a mostrar que os padrões alimentares caracterizados pela maior ingestão de frutas, vegetais e alimentos integrais e menor ingestão de carnes vermelhas e processadas estão relacionados com uma menor incidência de cancro (Schüz et al., 2015). Por outro lado, a investigação mostra que uma dieta saudável pode melhorar a sobrevida global após diagnóstico de cancro de mama e cancro colorretal (Anderson et al., 2015; Norat et al., 2015). 

De um modo geral, podem ser indicados como fatores de risco alimentares:
  • Gordura saturada: carnes vermelhas, enchidos;
  • Excesso de calorias e açucares;
  • Alimentos tostados;
  • Excesso de bebidas alcoólicas;
  • Sal em excesso.

Pelo contrário, uma alimentação saudável é uma alimentação equilibrada e diversificada! Na alimentação, a rotina é importante. O que se consome no dia-a-dia, é o que verdadeiramente faz a diferença. Assim, deve investir-se em hábitos alimentares saudáveis, acompanhados de exercício físico regular que estimula o corpo, a mente e regula o apetite. Os dias em que esporadicamente fugimos à regra, também são importantes, mas esses devem ser a exceção.

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Referências 

  • Anderson, A., Key, T., Norat, T., Scoccianti, C., Cecchini, M., Berrino, B.,... Romieu, I., (2015). European Code against Cancer 4th Edition: Obesity, body fatness and cancer. Cancer Epidemiology, 39, 34–45 http://dx.doi.org/10.1016/j.canep.2015.01.0171877-7821/ 2015 
  • Norat, T., Scoccianti, C., Boutron-Ruault, M., Anderson, A., Berrino, F., Cecchini,... Romieu, I. (2015). European Code against Cancer 4th Edition: Diet and cancer. Cancer Epidemiology, 39, 56–66. http://dx.doi.org/10.1016/j.canep.2014.12.016
  • Schüz, J., Espina, C., Villain, P., Herrero, R., Leon, M. E., Minozzi, S., … Zatonski, W. (2015). European Code against Cancer 4th edition: 12 ways to reduce your cancer risk. Cancer Epidemiology, 39, 1–10. doi:10.1016/j.canep.2015.05.009

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