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TRATAMENTO DE REABILITAçãO
                       DO DOENTE COM LARINGECTOMIA



                                                   Maria Teresa Lazaro N. A. Amaral






                  Entre os tumores da cabeça e do pescoço, o da laringe é segundo mais
            frequente, sendo a sua incidência maior no homem do que na mulher.
                  O principal fator de risco é o tabagismo que associado ao álcool, tem o
            seu risco potenciado.
                  O prognóstico é bom para os casos diagnosticados em estádios iniciais,
            sendo as curas superiores a 80%.
                  O tratamento do cancro da laringe, como acontece com outros tipos de
            cancro, é definido após o seu estadiamento. Pode ser indicado o tratamento com
            radioterapia e quimioterapia, no sentido de preservar o órgão ou de evitar reces-
            sões cirúrgicas extensas e com grandes sequelas.
                  O tratamento cirúrgico implica, normalmente, a remoção total ou parcial
            de estruturas nobres e com grande impacto funcional na mastigação, na deglu-
            tinação e na fala. O compromisso estético também pode ser importante, tendo
            implicações psicológicas e sociais.
                  Não são de esquecer os efeitos agudos e crónicos da radioterapia, os quais
            têm repercussões na qualidade de vida dos doentes. Entre eles, podemos referir
            a xerostomia, a mucosite, as alterações do paladar, a odinofagia, o surgimento
            de edema cervical, as cáries e a fibrose tecidual.
                  O tratamento de reabilitação visa otimizar o potencial funcional do doen-
            te e minimizar as sequelas tanto da doença quanto do seu tratamento. Centra-se
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