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A Organização Mundial de Saúde prevê que, futuramente, 70% dos doen-
tes oncológicos façam radioterapia.
Os primeiros tratamentos por radioterapia datam de 1899. Desde 2009 que
no IPO de Lisboa, como nos maiores centros oncológicos mundiais, é utilizada
a radioterapia por intensidade modulada (IMRT), com o objetivo de minorar os
efeitos secundários do tratamento.
O que acima se disse aplica-se aos casos de cancro da cabeça e do pes-
coço (entre outros). O mesmo é dizer que se aplica aos casos de cancro da la-
ringe. O tratamento começa com a preparação de uma «máscara» que permite
imobilizar a cabeça do doente e assegurar que a radiação incide apenas na área
afetada. Sempre com o objetivo de não afetar as zonas adjacentes, a «máscara»
pode ser «corrigida» no decurso do tratamento.
O tratamento «clássico», com sessões diárias (pode, eventualmente, haver
até mesmo dois tratamentos num dia) e com repouso aos sábados e domingos,
dura entre seis e sete semanas.
Infelizmente, e como em muitos outros casos, também este tratamento
apresenta alguns inconvenientes, os quais podem ser sentidos em maior ou me-
nor grau, e de modo distinto, por diferentes doentes. Estes inconvenientes são
também variáveis em função da localização do tumor. Eis alguns deles:
• Alterações da pele, que fica seca, «queimada» e/ou sensível;
• Boca seca e falta de saliva (as glândulas salivares são, geralmente, afe-
tadas). A redução da saliva pode gerar mau hálito e reduzir a proteção
dos dentes. Aconselha-se a consulta e o tratamento dentário prévios;
• Dor de garganta.
• Dificuldade em engolir;
• Fibrose dos tecidos;
• Perda do paladar;
• Dificuldade em respirar;
• Cansaço.

Há que ter algumas precauções durante a radioterapia, dentre as quais se
destacam as seguintes:
• Evitar uma prolongada exposição solar (recomenda­se a utilização de
chapéu e protetor solar);
• Procurar não perder peso, apesar de ser normal que se verifique algu-
ma perda de apetite;