Este ano, com música cedida por Jorge Palma, a campanha de comunicação do Peditório Nacional é protagonizada por pessoas reais que sofrem de cancro e desafiam Portugal a partilhar o seu “Peso”, contribuindo - tal como a LPCC tem feito, ao longo dos anos, através do apoio prestado aos doentes e famílias -, para aliviar o “peso” do cancro na vida das pessoas.Saiba mais...
Informações sobre o coronavírus (COVID-19)
Consulte aqui toda a informação e materiais de divulgação alusivos ao novo Coronavírus (Covid-19) disponibilizados pela Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Impacto da COVID-19 em doentes oncológicos e seus familiares/cuidadores
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), entidade de apoio ao doente oncológico e seus familiares, realizou um estudo de âmbito nacional com o objetivo de avaliar a perceção do impacto social, económico e psicológico da pandemia COVID-19 nos doentes oncológicos/sobreviventes de cancro e em familiares/cuidadores.
Ao nível do acesso aos cuidados de saúde, o estudo realizado a mais de 900 doentes oncológicos/sobreviventes de cancro e a mais de 300 familiares/cuidadores, residentes em Portugal, revela que 13% dos doentes oncológicos tiveram tratamentos oncológicos suspensos por indicação médica; 2 em cada 10 doentes e 1 em cada 10 cuidadores ponderaram suspender, por sua iniciativa, os atos clínicos, por medo de se dirigirem aos hospitais e ainda que 57% dos doentes tiveram receio de serem infetados por outros doentes e profissionais de saúde. No caso dos cuidadores, 75% tiveram receio que o doente de quem cuidam pudesse ser infetado.
A nível psicológico 5 em cada 10 doentes oncológicos apresentou distress (sofrimento) emocional significativo durante a pandemia, valor que aumenta nos casos dos doentes que tiveram tratamentos suspensos (6 em cada 10 doentes). Ainda, 6 em cada 10 cuidadores com distress emocional significativo – os dados mostram que os cuidadores dos doentes oncológicos revelaram um maior impacto emocional durante a pandemia do que os doentes.
De acordo com os mesmos dados, é ainda possível concluir que 3 em cada 10 doentes oncológicos e 4 em cada 10 cuidadores manifesta ansiedade significativa e que 2 em cada 10 doentes oncológicos e 2 em cada 10 cuidadores manifesta depressão significativa.
Por sua vez, 1 em cada 10 doentes e cuidadores diz ter sentido bastante a muitíssima dificuldade em pagar as despesas familiares, indicadores que demonstram o relevante impacto socioeconómico da pandemia nestes doentes.
O estudo realizado pela LPCC revela ainda que a maioria dos doentes oncológicos considera-se um doente de risco para a COVID-19 (maior probabilidade de contágio e maior vulnerabilidade a complicações) e que o mesmo acontece com os cuidadores, relativamente aos doentes que cuidam. Cerca de 1 a 2 em cada 10 doentes revelaram desconhecimento sobre o seu nível de risco.
Metodologia do estudo:
Estudo transversal, descritivo e inferencial, suportado por uma metodologia quantitativa. A informação foi recolhida através de um questionário elaborado pela equipa de psicólogos da Liga Portuguesa Contra o Cancro. As respostas a este questionário foram obtidas através do website institucional, www.ligacontracancro.pt, tendo sido cumpridos todos os pressupostos de proteção de dados. O questionário esteve disponível online entre os dias 2 de julho e 18 de novembro de 2020. A amostra foi constituída por 948 doentes oncológicos/sobreviventes de cancro e por 378 familiares/cuidadores, com mais de 18 anos e residentes em Portugal.
Aceda ao documento com os resultados do "ESTUDO COVID-19 E CANCRO"
Informação geral à população e aos doentes oncológicos face à doença pelo coronavírus 2019 (ou COVID-19)
A doença pelo coronavírus 2019 (ou COVID-19) é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus, identificado na China em dezembro de 2019.
Os coronavírus fazem parte de uma grande família de vírus que, na grande maioria dos casos, causam doenças ligeiras, como as constipações e a gripe comuns. No entanto, embora raramente, podem causar problemas de saúde mais graves como o Síndrome Respiratório Severo Agudo (SARS) e o Síndrome Respiratório do Médico Oriente (MERS).
A doença pode transmitir-se através de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou pela boca por pessoas contaminadas (quando a pessoa espirra ou tosse) ou quando se toca em superfícies contaminadas, em que essas gotas caíram. A pessoa pode então ser contaminada se levar as suas mãos aos seus olhos, boca ou nariz, introduzindo o coronavírus nas suas vias respiratórias.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, assim, as seguintes medidas de higiene e etiqueta respiratória, para reduzir a probabilidade de exposição e transmissão da doença:
- Tapar a boca e o nariz quando se tosse ou espirra, com o antebraço ou com um lenço de papel (deitando-o, de imediato, para o lixo)
- Lavar as mãos frequentemente, com água e sabão ou solução à base de álcool a 70%
- Evitar o contacto próximo com pessoa que apresente problemas respiratórios infeciosos e não partilhar objetos e utensílios pessoais
- Evitar tocar com as mãos na cara
Os sintomas mais frequentes são a febre (temperatura > 37,5ºC), a tosse e a dificuldade respiratória. Pode haver pneumonia e outras situações mais graves. É de realçar que a grande maioria das pessoas não terá sintomas ou, a existirem, eles serão leves.
Até ao momento, não existem evidências de que os doentes oncológicos, (apenas por o serem) sejam mais suscetíveis à infeção, mas, tal como outros doentes crónicos (por exemplo, diabéticos, indivíduos com doenças cardíacas e/ou respiratórias), como têm menor capacidade de resistência imunológica, poderão infetar-se mais facilmente. Se os doentes oncológicos estiverem sob tratamento ativo, essa suscetibilidade será maior.
Assim, o doente oncológico, tal como qualquer pessoa deve:
- Manter-se na sua casa o maior tempo possível
- Lavar frequentemente as mãos
- Limitar o contacto próximo com outras pessoas
Se tiver sintomas que possam fazer suspeitar de infeção por COVID-19 deve contactar a Linha SNS24 (808242424) ou o seu médico assistente. Deve permanecer em casa, esperando que lhe indiquem os passos que deve dar.
Recomendações para lidar com a ansiedade durante a Pandemia pelo novo Coronavírus (Covid-19)
Tão importante como evitar a exposição ao novo Coronavírus, é preservar o bem-estar físico e psicoemocional dos doentes oncológicos, sobretudo em fase de tratamento e de recuperação, e também dos seus familiares e cuidadores, a quem cabe a tarefa acrescida de prestar cuidados, não descurando o seu autocuidado.
Deste modo, os psicólogos da Liga Portuguesa Contra o Cancro deixam algumas recomendações para ajudar a lidar com a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar durante o período da pandemia COVID-19 e em situação de isolamento .
A Liga Portuguesa Contra o Cancro disponibiliza ainda acompanhamento psicológico via telefone, podendo o mesmo ser solicitado através da Linha Cancro - 808 255 255 ou diretamente para cada um dos seus Núcleos Regionais (pode obter os contactos aqui).
Aceda ao documento Recomendações para lidar com a Ansiedade durante a Pandemia pelo novo Coronavírus (Covid-19).
Orientações da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) para a população sobre a doença oncológica durante a pandemia pelo coronavírus.
No sentido de orientar e disseminar informações relevantes, relativas ao surto do novo Coronavírus (COVID19), representativo de uma forte ameaça para a saúde pública, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), partilha, com a devida autorização, as informações da SPO para a população sobre a doença oncológica durante a pandemia pelo coronavírus.
A Direção da LPCC continua a acompanhar a evolução do surto pela Covid-19, referindo que deverá ter em conta em orientações em anexo, bem como as que emanam da Direção Geral de Saúde e da Organização Mundial da Saúde.