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para si, as soluções para elas. Tenha calma, muita calma. A impaciên-
cia e a rejeição só levam a um desperdício de energia e não acrescen-
tam nada à sua experiência.
3. Você e os outros – Ouça com atenção. Observe as pessoas a falar e
economize no seu esforço para iniciar e manter a comunicação, com-
binando gestos e posturas que sinalizem aos outros as suas intenções.
Não tem de se envergonhar disso; seja o árbitro de si próprio nas suas
intervenções, mas aceite que os outros nem sempre o entendam. Re-
pita sempre que for preciso até se fazer entender. Ao contrário do que
possa pensar, isso poderá transformar-se num exercício útil, a fim de
encontrar as melhores soluções para os seus problemas de comunica-
ção; não desista. Chame a atenção sempre que for necessário, mas não
seja obsessivo. Sinalize, sem complexos, aos que o rodeiam as melhores
posições para se fazer ouvir; é um direito seu e evita tensões ou emba-
raços. Não sobrevalorize as reações de estranheza que a sua limitação
possa causar; considere-as sempre bem-intencionadas, já que a carida-
de dos outros não ofende e fica bem a todos, a quem oferece e a quem
recebe. Pedir ajuda não é ser derrotado: é querer seguir em frente.
4. De si para si – Faça por se divertir com o que aprende. use o humor
como tempero e volte a ser criança. Abandone os preconceitos, não
tenha medo de falhar ou do ridículo. Faça desta aprendizagem uma
novidade e não um castigo ou uma provação. E, quando for necessá-
rio, aprenda a habitar o silêncio, fazendo dele um companheiro, uma
trégua, e não um desterro. E (não esqueça!) treine sozinho; seja um
CR7 e treine afincadamente, para assimilar o que aprendeu e experi-
mentar outras realizações.
Aqui estão as quatro folhas dum trevo que colhi. Desejo-lhe boa sorte!