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80 ANOS de Dádiva constante ao doente oncológico

Cristiana Fonseca, relembra a história da Liga Portuguesa Contra o Cancro marcada por episódios de voluntariado e empenho, compromisso e dedicação.
No dia 4 de abril o Jornal Público publicou o artigo de opinião "80 anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro", de autoria da Dra. Cristiana Fonseca, Coordenadora dos departamentos de Educação para a Saúde e Centro de Formação do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
"O cancro, tido durante muitos séculos como uma enfermidade irremediável e mortal, vai-se tornando, nos dias de hoje, numa doença cada vez mais suscetível de cura ou de evolução crónica, sendo capaz de congregar em seu redor o que de melhor a sociedade pode oferecer: humanismo e sentido de solidariedade. Foram justamente esses valores que, no dia 4 de abril de 1941, levaram à constituição da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Nessa altura, os doentes oncológicos eram tratados em casa, a cargo das suas famílias, ou ainda num qualquer hospital sem a menor diferenciação relativamente à doença, começando a verificar-se uma mobilização pública, justificada pelo reconhecimento da necessidade de criar uma resposta para as necessidades específicas do doente oncológico.
Nos últimos 80 anos, a história da Liga Portuguesa Contra o Cancro é marcada por episódios de voluntariado e empenho, compromisso e dedicação, numa dádiva constante ao doente oncológico e seus familiares.
Num mundo em constante mutação, esta história é também marcada por constante atualização de conhecimentos e recursos, melhoria de procedimentos e respostas, que se traduz num alargamento exponencial de áreas de ação.
De um apoio inicial que pretendia suprir as carências do Estado em matéria de financiamento do tratamento do cancro, ao longo dos anos, a Liga Portuguesa Contra o Cancro mobilizou esforços e recursos numa multiplicidade de ações, como apoio social e de meios técnicos ou apoio psico-emocional e jurídico, sempre numa perspetiva holística e atenta à atualidade, razão pela qual, em plena pandemia, foi criada a LADO (Linha de Apoio ao Doente Oncológico).
Em 80 anos foram muitas as iniciativas pioneiras, desde o voluntariado aos cuidados paliativos, passando pelo rastreio do cancro da mama, tendo sempre em mente outro grande objetivo: divulgar informação sobre o cancro e promover a educação para a Saúde, com ênfase para a sua prevenção. Efetivamente, sendo o cancro uma doença cujo nome, em tempos idos (mas ainda lembrados), era apenas sussurrado e substituído por expressões como “mal malzinho”, era premente trabalhar com a comunidade, desmistificando a doença e clarificando os conceitos.
Assim, desenvolveram-se ações e programas de sensibilização e formação da população sobre os sinais de alerta e prevenção do cancro continuamente mais estruturados, com grande enfoque na comunidade escolar. Projetos emblemáticos como o “Clube Caça-Cigarros”, desenvolvido na década de 80 em centenas de escolas, e abrangendo milhares de alunos, permitiram falar de cancro mais abertamente e promoveram competências para uma vida mais saudável. Hoje continuamos a fazê-lo com projetos como “Liga-te”, “Jovens Promotores de Saúde”, “Super Saudáveis” ou “HPV e Quê”.
Sabemos que a informação não basta. Mas é um primeiro passo.
Lutar contra o cancro, prevenir o cancro, passa por escolhas conscientes do nosso quotidiano. Passa por perceber que o cancro é uma doença genética, que poderá acontecer a qualquer pessoa, mas que pode ser prevenida!
O Código Europeu Contra o Cancro apresenta 12 recomendações alertando para questões relacionadas com o tabagismo, atividade física e alimentação, consumo de bebidas alcoólicas, exposição a radiação ultravioleta e outras no âmbito laboral, vacinação e rastreios.
É necessário conhecer para atuar. É necessário saber para prevenir.
Esse tem vindo a ser um dos objetivos da Liga Portuguesa Contra o Cancro ao longo dos últimos 80 anos e estamos prontos a continuar a inovar para chegar ainda mais longe, para informar mais e melhor, para motivar e apoiar a mudança e a adoção de estilos de vida saudáveis.
A certeza de que não estamos sozinhos neste caminho e que contamos com o apoio da população portuguesa, e dos nossos parceiros e voluntários em particular, é o que nos motiva a olhar o futuro com confiança, apoiando proativamente os doentes oncológicos e famílias e, de igual modo, sensibilizando e capacitando a população em geral para a prevenção do cancro!"
"O cancro, tido durante muitos séculos como uma enfermidade irremediável e mortal, vai-se tornando, nos dias de hoje, numa doença cada vez mais suscetível de cura ou de evolução crónica, sendo capaz de congregar em seu redor o que de melhor a sociedade pode oferecer: humanismo e sentido de solidariedade. Foram justamente esses valores que, no dia 4 de abril de 1941, levaram à constituição da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Nessa altura, os doentes oncológicos eram tratados em casa, a cargo das suas famílias, ou ainda num qualquer hospital sem a menor diferenciação relativamente à doença, começando a verificar-se uma mobilização pública, justificada pelo reconhecimento da necessidade de criar uma resposta para as necessidades específicas do doente oncológico.
Nos últimos 80 anos, a história da Liga Portuguesa Contra o Cancro é marcada por episódios de voluntariado e empenho, compromisso e dedicação, numa dádiva constante ao doente oncológico e seus familiares.
Num mundo em constante mutação, esta história é também marcada por constante atualização de conhecimentos e recursos, melhoria de procedimentos e respostas, que se traduz num alargamento exponencial de áreas de ação.
De um apoio inicial que pretendia suprir as carências do Estado em matéria de financiamento do tratamento do cancro, ao longo dos anos, a Liga Portuguesa Contra o Cancro mobilizou esforços e recursos numa multiplicidade de ações, como apoio social e de meios técnicos ou apoio psico-emocional e jurídico, sempre numa perspetiva holística e atenta à atualidade, razão pela qual, em plena pandemia, foi criada a LADO (Linha de Apoio ao Doente Oncológico).
Em 80 anos foram muitas as iniciativas pioneiras, desde o voluntariado aos cuidados paliativos, passando pelo rastreio do cancro da mama, tendo sempre em mente outro grande objetivo: divulgar informação sobre o cancro e promover a educação para a Saúde, com ênfase para a sua prevenção. Efetivamente, sendo o cancro uma doença cujo nome, em tempos idos (mas ainda lembrados), era apenas sussurrado e substituído por expressões como “mal malzinho”, era premente trabalhar com a comunidade, desmistificando a doença e clarificando os conceitos.
Assim, desenvolveram-se ações e programas de sensibilização e formação da população sobre os sinais de alerta e prevenção do cancro continuamente mais estruturados, com grande enfoque na comunidade escolar. Projetos emblemáticos como o “Clube Caça-Cigarros”, desenvolvido na década de 80 em centenas de escolas, e abrangendo milhares de alunos, permitiram falar de cancro mais abertamente e promoveram competências para uma vida mais saudável. Hoje continuamos a fazê-lo com projetos como “Liga-te”, “Jovens Promotores de Saúde”, “Super Saudáveis” ou “HPV e Quê”.
Sabemos que a informação não basta. Mas é um primeiro passo.
Lutar contra o cancro, prevenir o cancro, passa por escolhas conscientes do nosso quotidiano. Passa por perceber que o cancro é uma doença genética, que poderá acontecer a qualquer pessoa, mas que pode ser prevenida!
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