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O QuE Há DE NOVO
                  NA TERAPêuTICA DO TuMOR DA LARINGE?



                                                                    Hugo Estibeiro








                  Nos últimos 20 anos, têm-se verificado uns enormes interesse e investi-
            mento – tanto por parte de instituições universitárias ligadas à investigação bási-
            ca quanto por parte da indústria farmacêutica e de tecnologia médica – na área
            da oncologia. As investigações permitiram importantes avanços na compreen-
            são dos mecanismos celulares que levam ao aparecimento dos tumores, do seu
            crescimento e do mecanismo que leva à sua disseminação.
                  uma nova «filosofia» por parte dos investigadores faz com que esses conhe-
            cimentos teóricos sejam aplicados cada vez mais rapidamente na prática clínica,
            sendo colocados ao dispor dos doentes e profissionais de saúde. Além disso, as
            instituições hospitalares partilham mais facilmente a sua experiência e os seus
            recursos, trabalhando em conjunto, formando redes internacionais que permitem
            estudos clínicos com um maior número de doentes e, deste modo, garantindo
            uma análise de resultados cientificamente mais sólida.
                  O objetivo de toda a investigação clínica nesta área é obter terapêuticas
            mais eficazes para o tratamento do tumor localizado na laringe, bem como para
            as suas metástases ganglionares ou à distância. Procura-se fazê-lo com o mínimo
            de efeitos secundários e preservando ao máximo a função da laringe. Também
            se procura que as terapêuticas sejam vocacionadas, tanto quanto possível, para
            o tipo de tumor e para as características do doente em causa.
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