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• Frénico;
• Vago;
• Simpático cervical;
• Grande auricular.
1. variáveis da reabilitação vocal
Todos os doentes submetidos a laringectomia total ficam com um tra-
queostoma definitivo. As alterações fonatórias provocadas pela cirurgia são
iguais para todos os doentes. Ou seja, deixa de ser possível produzir voz la-
ríngea (a voz habitual). No entanto, a reabilitação vocal não é igual para todos
os doentes.
Neste capítulo vamos responder a algumas perguntas frequentes. Noutro
capítulo serão explicadas as várias opções de reabilitação.
1.1. Por que é que nem todas as pessoas conseguem produzir voz
esofágica?
A produção de voz esofágica é difícil e requer treino e persistência. Nem
todos os doentes conseguem produzi-la. Existem alguns fatores que podem di-
ficultar este processo:
• Os tumores, que implicam uma resseção mais alargada da faringe, con-
dicionam a capacidade de vibração da mucosa faríngea/esofágica.
• O edema e a estenose esofágicos provocados pela radioterapia tam-
bém podem dificultar a produção de voz esofágica.
1.2. Por que é que a determinada altura se pode deixar de conseguir
produzir voz esofágica?
Alguns doentes que produzem voz esofágica podem deixar de conseguir
fazê-lo. Na maior parte das vezes, esta situação está relacionada com a esteno-
se do esófago resultante dos tratamentos de radioterapia (complicação tardia), a