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VarIáVeIS na reabIlItação doS doenteS larIngectoMIzadoS 51

qual pode originar uma disfagia (dificuldade na deglutição) progressiva. As di-
latações esofágicas podem solucionar este problema.

1.3. Por que é que só alguns doentes colocam uma prótese
traqueoesofágica?

Quando há necessidade de realizar uma faringectomia mais alargada, a
probabilidade de ocorrerem complicações relacionadas com a colocação de uma
prótese fonatória é maior, pelo que muitas vezes se opta por não a colocar.
Os doentes com uma prótese fonatória têm de recorrer mais vezes ao
hospital, pois há necessidade de a trocar quando não está a funcionar de modo
adequado. Se por algum motivo uma pessoa tiver dificuldades na deslocação ao
hospital, seja pela distância seja devido ao pouco apoio familiar/social, pode ser
preferível optar por outra forma de reabilitação vocal.

2. nervos que podem ser afetados durante a cirurgia
dos gânglios do pescoço e défices resultantes das suas lesões

• Nervo espinhal acessório – A lesão deste nervo provoca dor e uma di-
minuição da capacidade de elevar o membro superior, muitas vezes
associada ao «ombro descaído». Trata-se de uma complicação que não
é rara nesta cirurgia. A fisioterapia pode atenuar as queixas;
• Nervo grande hipoglosso – É o nervo motor da língua. A sua lesão leva
a alterações na mobilidade do lado afetado;
• Nervo lingual – A lesão deste nervo provoca alterações na sensibilida-
de da língua;
• Ramo mandibular do nervo facial – A sua lesão condiciona o movi-
mento do canto da boca;
• Nervo frénico – A lesão deste nervo resulta na paralisia do diafragma
do mesmo lado. O diafragma é o músculo mais importante da respira-
ção. Alterações no seu funcionamento podem levar a dificuldades res-
piratórias. Quando a lesão é unilateral, as queixas são habitualmente
ligeiras;